terça-feira, 7 de agosto de 2012

“A gente morre defendendo o nosso quilombo”, diz liderança do Rio dos Macacos


“A gente morre defendendo o nosso quilombo”, diz liderança do Rio dos Macacos

Em depoimento à Carta Maior, durante a Rio+20, José Rosalves de Souza, uma das lideranças ameaçadas de morte no Quilombo Rio dos Macacos, na Bahia, afirma que a disputa do território onde viveram seus antepassados não é com um proprietário particular ou com um grande latifundiário, como o Brasil está acostumado ver. Segundo ele, há mais de 42 anos é a Marinha Brasileira quem tem atordoado a vida dos quilombolas locais.



José Rosalves de Souza é uma das lideranças ameaçadas de morte no Quilombo Rio dos Macacos, na Bahia. A disputa do território onde viveram seus antepassados não é com um proprietário particular ou com um grande latifundiário, como o Brasil está acostumado ver. Há mais de 42 anos é a Marinha Brasileira quem tem atordoado a vida dos quilombolas locais.

A Carta Maior colheu diversos depoimentos durante a realização da Rio+20 e da Cúpula dos Povos, em junho deste ano no Rio de Janeiro. José já sabia da ameaça de despejo marcada para agosto e ofereceu um relato a partir deste risco. No dia 31 de julho, uma reunião foi realizada entre moradores e governo, mas a falta de consenso provocou a marcação de uma nova rodada para semana que vem.

No dia 1º, diversos movimentos sociais e a comunidade realizaram um ato pela permanência das famílias. Pelas redes sociais, apoiadores da causa estão publicando fotos em que seguram placas “somos Quilombo Rio dos Macacos”, em solidariedade. As reações são em detrimento da dura realidade daquela população contada com muita lucidez por José em seu relato, conforme o vídeo publicado acima.

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