sexta-feira, 17 de agosto de 2012

COLLOR: PROCURADORES ENTREGARAM INVESTIGAÇÃO SECRETA À VEJA


E se o Caneta tiver repassado os documentos ao Cachoeira? O que dirão Gurgel e a Corregedoria do MP?

Na mesma reunião da CPI em que o deputado Dr. Rosinha preferiu não levar a votação o requerimento para convocar o Caneta, o Policarpo Júnior, o senador Fernando Collor fez outras graves denúncias que envolvem o Procurador Roberto Gurgel, o Caneta e seu patrão.

Collor revelou que, no dia 2 de março de 2012, procuradores que funcionam como braço direito de Gurgel, Leia Batista de Oliveira, Daniel de Resende Salgado e Alexandre Camagno de Assis, se encontraram, a mando do Caneta, com dois repórteres da Veja: Gustavo Ribeiro e Rodrigo Rangel.

Nesse encontro, os procuradores entregaram aos repórteres da Veja documentos de inquéritos que resultaram, depois, nas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal.

Os documentos eram sigilosos, protegidos por “segredo de Justiça”. 

Portanto, deduz-se da acusação do Senador que membros da equipe de Gurgel transferiam à Veja informações privativas do Ministério Público.

O que leva Collor a afirmar que a Veja e o Procurador Geral estão no coração da organização criminosa.

Se o Caneta é tão amigo do Cachoeira, por que ele não entregaria os documentos do Ministério Público ao amigão, ao Cachoeira ? – é o caso de se perguntar.

Collor fez uma nova denúncia.

Que Policarpo, o Caneta, se encontrava no apartamento 1103 do Hotel Nahoum, em Brasília – o mesmo em que a Veja tentou plantar cocaína no apartamento de José Dirceu – com empreiteiros para tratar de empreitagens.

(As 73 transcrições de gravações de e sobre Policarpo mostram a complementaridade entre os interesses de Cachoeira com empreiteiras e os interesses “jornalísticos” do Caneta.)

Collor lamentou que a Policarpo não tivesse sido convocado nesta terça-feira.

Mas, não tem problema.

Ele marcou um encontro, ali, com Robert(o) Civita, a quem prometeu receber com a revelação de “fatos horripilantes” praticados por ele, o Murdoch brasileiro.

Collor voltou a se referir à Veja como um “coito de bandidos”,  comandados pelo chefe maior, Robert(o) Civita.

Collor identificou o Procurador Alexandre Camagno de Assis como “o braço direito desse Procurador da República que deslustra” a Procuradoria Geral da República.

Gurgel é a “peça apodrecida” do MPF e ali não pode continuar.

Porque ele é “criminoso, prevaricador e chantagista”, voltou a dizer Collor.

Sobre a mulher de Gurgel, a Sub-Procuradora, Collor voltou a dizer que ela tem a “reserva de mercado” para cuidar de todas as investigações sobre quem tenha “prerrogativa de fôro”.

Que o sistema de distribuição de processos na Procuradoria da República não segue nenhum critério técnico: nem por sorteio eletrônico ou qualquer outro.

Se tem “prerrogativa de foro” vai para ela, automaticamente.

É bom lembrar que “venceu o prazo para Gurgel responder a dois requerimentos com perguntas de Collor a Gurgel”.

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