Os colombianos são reconhecidos mundialmente pela produção de café. No entanto, a realidade encontrada no país é de uma produção em pequena escala e em montanhas, cujo cenário é o oposto do encontrado no Oeste da Bahia.
Para entenderem o dinamismo da cafeicultura da Bahia, um grupo de 14 produtores e agrônomos do Comitê Departamental de Cafeteros de Antioquia, Colômbia, estive em meados de julho deste ano em Luís Eduardo Magalhães e na sequência em Vitória da Conquista/BA.
Os três dias da agenda no Oeste do Estado foram contemplados por palestras técnicas, provas de café e muita conversa no campo. Acompanhados pelo Diretor Executivo da Abacafé Cesar do Vale e o Consultor Marcos Pimenta, os momentos iniciais foram de apresentação do contexto de como é a cafeicultura local.
No segundo dia de trabalho, os professores Dr. Edson Pozza da UFLA e Dr. Júlio César de Souza da Epamig, ambos de Lavras/MG, abordaram tecnicamente o contexto das doenças e pragas que atingem as lavouras brasileiras e as melhores formas de controle, especialmente a ferrugem e a broca. Complementando a sequência de palestras, o Consultor Marcos Pimenta apresentou o sistema de monitoramento georreferenciado de pragas e doenças em uso na região.
A melhor e mais impactante parte da viagem dos colombianos foram as visitas no campo, incluindo as Fazendas Café do Rio Branco, Campo Aberto e Selo Verde. Nestas, puderam conhecer e trocar experiências com os proprietários em relação ao sucesso encontrado na condução das lavouras.
O sistema de gestão de água denominado Stresse Hídrico, as máquinas de recolhimento de café do chão, o monitoramento de pragas e doenças, a nutrição, juntamente com a infraestrutura encontrada, foram os pontos que mais chamaram a atenção dos visitantes. São situações singulares encontradas na região, as quais encantam quem não as conhecem.
Por fim, fizeram uma prova de degustação do café, tecendo generosos comentários sobre a qualidade do produto regional. Como resultado da visita, os colombianos deixaram mensagens de agradecimento por terem entendido a dinâmica de uma cafeicultura tão singular como a do Oeste da Bahia.
ABACAFÉ