quinta-feira, 23 de agosto de 2012

#ComunicaDF: um passo por políticas públicas de comunicação


#ComunicaDF: um passo por políticas públicas de comunicação

A sociedade civil e o Governo do Distrito Federal deram o primeiro passo rumo à concretização de políticas locais de comunicação. Os cerca de 400 participantes do #ComunicaDF - Seminário de Comunicação do Distrito Federal - aprovaram 12 prioridades de políticas públicas para atender uma demanda histórica da capital do País. A criação do Conselho Distrital de Comunicação Social e a implementação de um TV pública do DF são demandas prioritárias.

No último sábado (18), a sociedade civil e o Governo do Distrito Federal deram o primeiro passo rumo à concretização de políticas locais de comunicação. Os cerca de 400 participantes do #ComunicaDF - Seminário de Comunicação do Distrito Federal - aprovaram 12 prioridades de políticas públicas para atender uma demanda histórica da capital do País.

O compromisso, já na abertura, do governador Agnelo Queiroz em criar o Conselho Distrital de Comunicação Social e iniciar as discussões para a implementação de uma TV pública do DF, demandas apresentadas como prioritárias pelos movimentos sociais, confirmam a força de mobilização da sociedade em busca de uma comunicação democrática.

Luta que teve seu ápice na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) em 2009, quando a população do Distrito Federal participou ativamente da construção de propostas locais e nacional. E que se desdobrou na construção da carta com 10 pontos "Pela democracia das comunicações no DF", entregue ao grupo de transição do recém-eleito governador Agnelo.

Já em 2011, entidades da sociedade civil iniciaram uma articulação para sensibilizar o governo para a necessidade de implementar tais medidas. O Sindicato dos Jornalistas, dos Radialistas, dos Trabalhadores em Telecomunicação, o Intervozes, o Movimento Negro Unificado, a Comissão dos Jornalistas pela Igualdade Racial, a Associação Brasileira de Radiofusão Comunitárias, a Frente Nacional pela Valorização das TVs do Campo Público, a Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social e o Laboratório de Políticas de Comunicação da UnB estiveram a frente desta iniciativa.

A partir de um diálogo envolvendo a Secretaria de Comunicação, de Cultura, de Publicidade, de Educação, de Governo e da Casa Civil, se construiu esse importante seminário, com objetivo de uma construção democrática da política de comunicação.

Das 12 prioridades aprovadas, vale ressaltar, além da criação do Conselho de Comunicação e de uma nova estrutura para comunicação pública do DF, as propostas aprovadas criação de um fundo de apoio à comunicação pública e popular, o investimento em infraestrutura estatal para a universalização da banda larga, a formação de centros públicos de formação e produção de conteúdo e a implantação de práticas para promoção da diversidade e da pluralidade na comunicação distrital, entre outros. (Confira aqui as propostas aprovadas)

Todo este esforço de construção, após mais de um ano e meio de articulação entre a sociedade e o governo, traz otimismo para a implementação de políticas de Estado que reconheçam a comunicação como um direito de todas e todos.

O próximo passo da luta é a concretização das propostas acordadas no #ComunicaDF. Mais do que aguardar pela ação do executivo, a sociedade deve é participar ativamente dos processos de elaboração, implementação e monitoramento para a plena execução destas políticas.

É hora do Governo do DF caminhar conjutamente com os interesses sociais, assumindo uma postura de vanguarda no Estado brasileiro, priorizando a comunicação social com pauta essencial pra promoção da cidadania do povo.

(*) Gésio Passos é membro da Coordenação Executiva do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social.

(**) Artigo publicado originalmente no Observatório do Direito à Comunicação.


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