sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Pesquisadores participam de curso de capacitação do Projeto Biomas, em Linhares


Incaper
Equipe realiza análise de solo na propriedade que disponibilizou áreas para o Projeto Biomas
Entre os dias 21 e 23 de agosto, será realizado o primeiro módulo do curso de capacitação do Projeto Biomas – Mata Atlântica, na Reserva Natural Vale, em Linhares. A atividade contará com aproximadamente 40 pesquisadores, de âmbito estadual e nacional, que irão atuar diretamente no projeto e também com entidades parceiras que trabalham na restauração do bioma.

De acordo com a coordenadora do Bioma Mata Atlântica e servidora do Incaper Fabiana Ruas, o objetivo do curso é nivelar os participantes para iniciar os trabalhos do projeto em novembro deste ano. “Durante a atividade, iremos conhecer a área onde será desenvolvido o projeto, preparando os profissionais para ações técnicas que considerem os sistemas de produção e preservação na propriedade rural”, explicou.

O Projeto Biomas – Mata Atlântica – irá implantar 24 experimentos na propriedade rural de Silvestre Milanezi e na Reserva Natural Vale, em Sooretama. O proprietário disponibilizou 35 hectares para o plantio de árvores, que serão distribuídas em Áreas de Preservação Permanente (APP), reserva legal e sistemas de produção. “Durante sete anos, iremos observar os resultados da implantação de árvores da Mata Atlântica e exóticas na propriedade rural. Será possível verificar a contribuição dos plantios para o solo local, para a contenção da erosão e agregação de valor à propriedade”, informa Fabiana Ruas.


Projeto Biomas

O Projeto Biomas é uma iniciativa da Embrapa Florestas e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e tem como objetivo viabilizar soluções técnico-científicas para a proteção das paisagens rurais nos seis biomas brasileiros: Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Amazônia, Pampa Gaúcho e Pantanal.

“Além de ampliar a cobertura florestal no País, o projeto busca conciliar a produção agrícola e os sistemas florestais conforme a especificidade de cada bioma brasileiro, que é o grande diferencial dessa iniciativa”, ressalta a coordenadora. Ela explicou que o projeto também irá contribuir para o debate do Código Florestal, pois há poucos estudos científicos de longa duração no Brasil que considerem as especificidades locais de maneira a subsidiar a legislação sobre o tema. “Atualmente, temos a mesma legislação para todo o País”.

Para iniciar a implantação do projeto, haverá cursos de capacitação para pesquisadores dos diversos Biomas. Em uma fase posterior, serão realizados cursos para multiplicadores, para serem trabalhados como atividades de extensão, junto a produtores rurais. “O projeto busca quebrar a cultura de que árvores significam perda de área em uma propriedade rural. São modelos possíveis de serem aplicados a um baixo custo e com alto valor agregado. É possível conciliar a renda com presevação ambiental”, concluiu Fabiana Ruas.

O comitê gestor do Bioma Mata Atlântica no Espírito Santo é integrado pelo Incaper, Reserva Natural Vale, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (Faes). O projeto é financiado pela John Deere, Monsanto, Vale e Sebrae.


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Texto: Luciana Silvestre
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