quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Starbucks mapeia o futuro da sua expansão



Depois de consolidar-se como maior rede de cafeterias do mundo, após décadas de crescimento acelerado nos Estados Unidos, a empresa sediada em Seattle agora foca em mercados internacionais.
Há espaço de sobra. O número de lojas da Starbucks nos EUA e em mercados internacionais é desigual, com cerca de 11.000 lojas nos EUA e menos de 7.000 em outros países. Em Julho a Starbucks divulgou que planeja abrir 1.200 lojas no próximo ano fiscal, que se inicia em outubro – cerca de três lojas por dia. Menos da metade será nos EUA.
Cerca de 500 das novas lojas serão abertas na Ásia – mais da metade destas na China, onde a companhia atua há mais de 13 anos. A Starbucks planeja também abrir um centro de apoio ao agricultor na região chinesa de Yunnan ainda este ano.
“Estamos nos estágios iniciais de crescimento na Ásia”, disse John Culver, presidente da Starbucks na China e na região Ásia Pacífico (países asiáticos banhados pelo Oceano Pacífico). “Este mercado representa a maior e mais rápida oportunidade de crescimento no futuro próximo da companhia”.
A seguir, um olhar sobre a presença da Starbucks no mundo:
Austrália
Os australianos adoram café e as cafeterias. A rede de cafeterias Gloria Jeans possui centenas de lojas no país. Contudo, a Starbucks precisou fechar algumas lojas e reduzir sua presença neste mercado, possuindo atualmente apenas 22 lojas na Austrália, em comparação as 84 que possuía em 2008. Autoridades disseram que a companhia dá enfoque às cidades de Brisbane, Melbourne e Sidney, onde o crescimento tem sido rentável.
Brasil
O maior produtor mundial de café possui apenas 45 lojas da Starbucks, mas é um dos vários países-alvo para o plano de crescimento da companhia. “O Brasil é um mercado que pode comportar pelo menos 1.000 lojas e nós estamos com menos de 100 atualmente”, disse o presidente da companhia, Howard Schultz, no ano passado.
Canadá
A primeira loja internacional da Starbucks foi inaugurada em Vancouver, em março de 1987. A marca continua a ser popular no Canadá, onde suas 1.161 lojas fazem do país seu maior mercado internacional.
China
A rede de cafeterias planeja mais que duplicar suas lojas na China, elevando o número para 1.500 até meados de 2015. Por muito tempo um símbolo de status no mundo inteiro, a Starbucks inspira alguns de seus clientes no país a carregar seus copos de café com a sereia, logo da empresa, voltada para fora.
O presidente da companhia se encontrou com os pais de alguns dos 10.000 funcionários da empresa em Pequim e Shangai para compartilhar os valores da empresa com os membros da família e discutir seu compromisso de longo prazo com o desenvolvimento dos funcionários – um esforço para incluir as famílias na tomada de decisões, assim como é feito por muitos trabalhadores chineses.
Egito, Marrocos e Ruanda
Embora a Starbucks compre cafés africanos, a companhia tem poucas cafeterias no continente – 21 no Egito e três em Marrocos. O presidente da Ruanda, Paul Kagame, cujo país tem produzido alguns dos grãos mais valorizados da companhia, disse a alguns acionistas da Starbucks em reunião em 2007 que gostaria de uma loja da empresa no país. Alguns anos depois, a Starbucks instalou um centro de apoio ao agricultor no país e, no ano passado, instalou outro na Tanzânia.
França
A Starbucks nunca teve sucesso em suas operações na França, uma razão para que os negócios da companhia fiquem atrás em relação ao resto do mundo. A companhia adaptou o café e outros produtos alimentícios ao gosto francês – inclusive uma torra mais leve para o espresso – mas a popularidade e os lucros das 74 lojas francesas ainda têm muito o que melhorar.
Índia
Após cinco anos de atraso, a Starbucks finalmente vai abrir uma loja na Índia em parceria com a Tata, um conglomerado que vende de tudo, de café a carros. As primeiras lojas serão inauguradas em Mumbai e Nova Deli.
A ideia do café como um luxo acessível já pegou na Índia, cuja população de 1,2 bilhão de habitantes está apenas atrás da China, com 1,3 bilhão. Uma popular rede de cafeterias do país, a Café Coffee Day, já opera 1.000 lojas na Índia.
Japão
 Em 1996, o Japão tornou-se o primeiro mercado da Starbucks fora da América do Norte – e pela primeira vez os cafés especiais foram testados em um país tradicionalmente consumidor de chá.
O conceito pegou e, em 2013, a Starbucks abrirá sua milésima loja no Japão. “Nós definimos a cultura das cafeterias no Japão”, disse Culver.
Rússia
As primeiras lojas no país foram abertas em 2007, após anos de disputas legais com um advogado de Moscovo, que reivindicava os direitos de sua marca registrada. A Starbucks tem atualmente 56 lojas na Rússia.
Coreia do Sul
A Coreia do Sul é outro mercado importante para a Starbucks, onde a companhia possui 442 cafeterias, com planos de alcançar 700 unidades nos próximos cinco anos. O espaço pode ser restrito em Seul, mas a Starbucks usou a criatividade quando um ponto de varejo de cinco andares ficou disponível e transformou-o na loja mais alta da companhia no mundo.
Taiwan
Às vezes, os menores mercados se transformam em grandes sucessos. O negócio da Starbucks em Taiwan, com apenas 271 lojas, desenvolveu os Lattes de chá verde que agora são populares em todo o mundo.
Reino Unido
O Reino Unido possui 752 lojas da Starbucks. Recentemente, a empresa adicionou uma dose extra de espresso em suas bebidas para agradar o paladar britânico.
Nos EUA e no restante do mundo, o padrão é apenas uma dose de espresso. Aparentemente, os britânicos gostam de seu café mais forte.
Notícia selecionada e traduzida pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café. Informações do The Seattle Times.

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