Na
Rua Ana Machado, Cachoeiro de Itapemirim, morava Nair Coelho dos Santos, que
nos tempos ásperos da ditadura militar acolhia na sua casa as pessoas que
traziam a liberdade na alma.
Ali
funcionava uma escola diferente, aprendíamos lições da competência,
honestidade, coerência e solidariedade. A casa de Nair era território livre.
Nair
era e continua sendo mãe de todos, além dos seus nove filhos. Por isto,
Augusto, Vinícius e Helena, meus filhos com Eliane, como outros cachoeirenses,
também a reverenciam como vovó Nair.
Por estes motivos entendemos que cachoeirense é
substantivo para quem tem registro de nascimento em Cartório de Cachoeiro de
Itapemirim, mas é adjetivo para quem tem alegria de viver, é solidário e tem a
capacidade de se alegrar com a alegria dos outros, cachoeirense ou não.
7 de setembro era o dia de seu aniversário. Ela
partiu, mas ficou na nossa alma, para sempre.
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