segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Produtores de café seguram a safra à espera de aumento dos preços no ES


Publicado em 15/10/2012 08:11
Estado bateu recorde na produção cafeeira.
Preço do grão chegou a R$ 270 em outubro em São Gabriel da Palha.
Do Globo Rural

Comente agoraO preço do café conilon está bom, mas os produtores acreditam que pode melhorar. Sem dívidas para pagar, boa parte da safra está estocada nos armazéns.
O Espírito Santo bateu recorde na produção cafeeira. Mesmo com um grande volume do grão no mercado, o preço do café conilon está registrando aumento ao longo dos meses.
Na cooperativa de café em São Gabriel da Palha, no noroeste do estado, a saca do grão era vendida por R$ 258 no inicio do ano. No período da colheita, o valor caiu para R$ 240. O preço voltou a subir em setembro e em outubro chegou à média de R$ 270. A recuperação é resultado da melhora da qualidade do grão e do crescimento do consumo.
Muitos produtores venderam até agora apenas o necessário para pagar os financiamentos da safra. Mesmo com o preço considerado bom, eles preferem segurar a venda porque esperam uma reação ainda maior do mercado.
O agricultor Daniel Jacobsen colheu neste ano duas mil sacas. Houve aumento de 20% em relação ao ano passado. O produtor ainda tem metade da produção guardada no armazém da cooperativa.
A maior cooperativa de café do Espírito Santo recebeu quase um milhão de sacas. Diferentemente dos anos anteriores, os armazéns continuam cheios. Só a metade da produção foi comercializada. Com o bom preço do café nos últimos anos, os produtores não acumularam dívidas e podem deixar o grão estocado.
O agricultor Argeu Herbert Filho colheu 450 sacas de conilon, com aumento de 20% que na safra passada. O produtor, que ainda tem 230 sacas armazenadas, espera o preço subir. “Vendi uma parte e a outra parte ainda está guardada”, diz.
Mas a situação não é tão boa em Minas Gerais. Os cafeicultores também estão segurando a safra nos armazéns, mas porque acreditam que o preço ainda não chegou a um valor que remunere bem a produção.
Este ano, no sul do estado, maior produtor nacional do grão, foram colhidos aproximadamente 13 milhões de sacas. Mas o produtor não está satisfeito. Em janeiro, a saca foi negociada por uma média de R$ 480. Quando a colheita começou, em abril, ficou em torno de R$ 370. Houve reação em julho. Em agosto, no fim da safra, caiu novamente. E começou outubro valendo pouco acima de R$ 400. Com o mercado instável, muitos agricultores têm optado por segurar o café.
Das 2,2 mil sacas colhidas pelo agricultor Maicon dos Santos, apenas 200 foram vendidas. O restante está estocado. Essa foi a maneira encontrada pelo produtor para não ficar no prejuízo.


Veja a notícia na íntegra no site do Globo Rural. 
Publicado em 15/10/2012 08:11
Estado bateu recorde na produção cafeeira.
Preço do grão chegou a R$ 270 em outubro em São Gabriel da Palha.
Do Globo Rural

Comente agoraO preço do café conilon está bom, mas os produtores acreditam que pode melhorar. Sem dívidas para pagar, boa parte da safra está estocada nos armazéns.
O Espírito Santo bateu recorde na produção cafeeira. Mesmo com um grande volume do grão no mercado, o preço do café conilon está registrando aumento ao longo dos meses.
Na cooperativa de café em São Gabriel da Palha, no noroeste do estado, a saca do grão era vendida por R$ 258 no inicio do ano. No período da colheita, o valor caiu para R$ 240. O preço voltou a subir em setembro e em outubro chegou à média de R$ 270. A recuperação é resultado da melhora da qualidade do grão e do crescimento do consumo.
Muitos produtores venderam até agora apenas o necessário para pagar os financiamentos da safra. Mesmo com o preço considerado bom, eles preferem segurar a venda porque esperam uma reação ainda maior do mercado.
O agricultor Daniel Jacobsen colheu neste ano duas mil sacas. Houve aumento de 20% em relação ao ano passado. O produtor ainda tem metade da produção guardada no armazém da cooperativa.
A maior cooperativa de café do Espírito Santo recebeu quase um milhão de sacas. Diferentemente dos anos anteriores, os armazéns continuam cheios. Só a metade da produção foi comercializada. Com o bom preço do café nos últimos anos, os produtores não acumularam dívidas e podem deixar o grão estocado.
O agricultor Argeu Herbert Filho colheu 450 sacas de conilon, com aumento de 20% que na safra passada. O produtor, que ainda tem 230 sacas armazenadas, espera o preço subir. “Vendi uma parte e a outra parte ainda está guardada”, diz.
Mas a situação não é tão boa em Minas Gerais. Os cafeicultores também estão segurando a safra nos armazéns, mas porque acreditam que o preço ainda não chegou a um valor que remunere bem a produção.
Este ano, no sul do estado, maior produtor nacional do grão, foram colhidos aproximadamente 13 milhões de sacas. Mas o produtor não está satisfeito. Em janeiro, a saca foi negociada por uma média de R$ 480. Quando a colheita começou, em abril, ficou em torno de R$ 370. Houve reação em julho. Em agosto, no fim da safra, caiu novamente. E começou outubro valendo pouco acima de R$ 400. Com o mercado instável, muitos agricultores têm optado por segurar o café.
Das 2,2 mil sacas colhidas pelo agricultor Maicon dos Santos, apenas 200 foram vendidas. O restante está estocado. Essa foi a maneira encontrada pelo produtor para não ficar no prejuízo.


Veja a notícia na íntegra no site do Globo Rural.

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