quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Seminário discute futuro da cafeicultura em Grandes Rios



Produtores e técnicos discutem nesta quarta-feira (10), em Grandes Rios, no centro-norte do Estado, os rumos do café no município. Cerca de 170 cafeicultores devem participar das discussões, que começam às 9 horas, na sede do Clube Municipal de Grandes Rios, numa promoção do Instituto Emater. 

A cafeicultura é uma das atividades econômicas mais importantes do município. A cultura ocupa 2.930 hectares e é conduzida por 632 produtores familiares. O potencial de produção é de 100 mil sacas, um volume quase atingido em 1999, historicamente uma das melhores safras já colhidas no município. Porém, nos últimos anos a produção vem caindo. Em 2010 ficou em 77 mil sacas. No ano passado caiu para 66 mil sacas e neste ano o clima adverso derrubou a produção para 25 mil sacas de café. 

De acordo com Nelson Menoli Sobrinho, do Instituto Emater, além da baixa produtividade a cafeicultura enfrenta outros entraves em Grandes Rios e municípios vizinhos. “As lavouras estão velhas. Cerca de 75% dos cafezais têm acima de 35 anos. Além disso, há uma queda na fertilidade do solo que se esgotou depois de anos de exploração sem um manejo adequado”, observou Menoli. 

Durante o seminário os técnicos do Instituto Emater pretendem discutir com os agricultores se o café ainda é um bom negócio para o produtor familiar, além das dificuldades e os desafios da atividade. Menoli afirmou que atualmente a mecanização das lavouras é a única alternativa para a manutenção da cafeicultura em Grandes Rios. Ele afirmou que a falta de mão-de-obra durante a colheita é crítico na região. “Para mecanizar as lavouras é preciso renovar o parque cafeeiro e adequar as lavouras”, ressaltou. 

Menoli acrescentou ainda que os técnicos pretendem apresentar aos produtores os programas oficiais, como o Pronaf e o Prorural, que podem financiar a implantação de novas tecnologias na cafeicultura. Segundo ele, o produtor pode usar recursos dos financiamentos oficiais para plantar novas lavouras ou subsidiar a compra de equipamentos. “Hoje uma colheitadeira custa R$ 500 mil e o produtor não tem condições de comprar uma máquina dessas sozinho. Mas os produtores organizados numa associação podem conseguir financiar metade do investimento e assumir o restante. Este é só um exemplo de como esses programas podem ajudar o produtor”, destacou Menoli. 

Técnicos e produtores vão discutir ainda a adequação das lavouras à mecanização, manejo da fertilidade do solo e serão definidas propostas da resolução dos entraves da cafeicultura no município. Em virtude das condições desfavoráveis durante a colheita deste ano, os técnicos do Instituto Emater não vão realizar o concurso Café Qualidade Paraná no município. Mas a confraternização dos produtores ficará por conta do quinto concurso de pratos doces a base de café.

Agência de Notícias do Paraná

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