quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Tintas feitas de terra atraem atenção de crianças na 9ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia




Assessoria de Comunicação Incaper
Crianças pintam desenhos com as cores da terra
Os potes coloridos e os pinceis sobre a mesa atraíram a atenção das crianças que passavam pelo estande do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), que expõe o Projeto ‘Cores da Terra: pintando o Brasil’, na 9ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia, realizada na Praça do Papa, em Vitória.

Os tons e a simplicidade das tintas feitas a partir da terra foram os atrativos para os visitantes que passavam pelo estande. Eduarda Lecchi, de 8 anos, foi uma das crianças que participou da pintura no local. “Eu gostei de desenhar com os tons da terra. Achei que não fosse ficar bonito, mas ficou. Desenhei uma colcha de retalhos”, disse Eduarda, orgulhosa de sua obra.

De acordo com a mãe de Eduarda, a professora e pedagoga, Rosália Lecchi, foram as suas filhas que mostraram o estande. “Achei muito interessante a experiência, pois não imaginei que tintas pudessem ser feitas de terra. Tenho uma parede na minha casa, onde quero fazer um jardim suspenso. A partir do conhecimento da fórmula da tinta, estou pensando em pintá-la com as cores da terra”, disse Rosália. Ela visitou a 9ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia com o Centro Estadual de Educação Técnica (CEET) Talmo Luiz Silva, de João Neiva.



Criatividade infantil é estimulada com as tintas feitas de terra.



O estande do projeto Cores da Terra irá oferecer, durante esta quinta-feira (18), uma oficina de motivação à pintura. Já na sexta-feira (19), haverá uma oficina artística de pintura em tela e de artesanatos, com a artista plástica Adelk Moraes. A atividade também ocorrerá durante todo o dia.

Projeto Cores da Terra: tecnologia social sustentável

O Projeto Cores da Terra é uma tecnologia social simples e de baixo custo. Sua fórmula consiste na mistura de terra, cola e água. Para a produção de 18 litros de tinta, gasta-se, em média, R$ 39,00. A mesma quantidade de tinta industrial custaria, aproximadamente, R$ 200,00. Com essa quantidade de tinta, pinta-se de 5 a 7 metros de parede.

“A tinta feita a partir da terra não provoca alergia, não tem cheiro e seca rápido. Essa técnica permite que a casa seja pintada e que as pessoas possam dormir dentro dela no mesmo dia da pintura. Isso é uma grande vantagem, pois um dos transtornos na hora de pintar é justamente o deslocamento dos moradores de dentro de sua residência”, explicou a extensionista do Incaper, Rita de Cássia Zanúncio.

O Incaper desenvolveu essa tecnologia social para que os agricultores familiares capixabas pudessem utilizá-la nas pinturas de casas, igrejas, centros comunitários e na confecção de artesanatos. A ideia surgiu durante preparação do Congresso Brasileiro de Agroecologia, que ocorreu em 2005, no Espírito Santo. 

“Queríamos produzir o painel do Congresso de Agroecologia com tecidos e tintas que fossem condizentes com a proposta de sustentabilidade. Entramos em contato com a Universidade Federal de Viçosa, que já desenvolvia a técnica, e realizamos várias oficinas para divulgar a tecnologia social. Produzimos o painel com tintas do Cores da Terra e multiplicamos a proposta para os agricultores de base familiar do Espírito Santo”, contou a extensionista do Incaper, Rita de Cássia Zanúncio.

O Projeto Cores da Terra foi premiado, em 2009, pela Finep, como Inovação em Tecnologia Social da Região Sudeste. Também foi apresentado, neste ano, na Conferência Rio+20.

Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
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Texto: Luciana Silvestre
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Um comentário:

  1. creio que quando divulgarem o projeto deveriam lembrar das pessoas que foram as responsáveis por esse projeto e também divulgar, pois nunca se perde o mérito de um projeto executado, que nos fez trabalhar, descobrir , enfim, acontecer
    ERCILIA BUENO BASSANI

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