quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Apocalipse ou ressurreição: o melhor e o pior da economia em 2013



 
RT
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Adital
O surgimiento dos Estados Unidos da Europa é mais possível do que o colapso da eurozona
Tradução: ADITAL
13 dezembro 2012

Foto: Corbis
Analistas econômicos do banco UBS estimam em 5% as probabilidades de colapso da zona do Euro e em 20% o agravamento dos problemas orçamentários dos Estados Unidos.
O dia 12/12/12, não foi só um número sugestivo e um tema predileto para meios e blogueiros; foi a data da publicação do relatório anual de investimentos do banco UBS.
A data da publicação foi anunciada de antemão colocando ênfase em seu simbolismo. "Contrariamente ao calendário maya e aos prognósticos pessimistas dos economistas, o fim do mundo não chegou em 2012”, afirma o diretor de investimentos do UBS Wealth, Alexander Fridman, adiantando as conclusões, no resumo do relatório de gestão.
Os analistas do UBS tentaram avisar a seus leitores sobre possíveis cenários que poderiam impulsionar a economia global ou, ao contrário, levá-la a uma maior depressão no próximo ano. Os especialistas apresentaram uma avaliação da probabilidade de cada caso, bem como seu eventual impacto nas taxas de câmbio, valores e recursos.
Aqui, lhes apresentamos alguns dos pontos mais radicais, tanto positivos quanto negativos:
Agravamento dos problemas orçamentários dos Estados Unidos
Probabilidade: 20%, apesar de que o prognóstico base do UBS é um "moderado endurecimento da política fiscal” e o crescimento do PIB entre 2% e 3,5%.
Rápida recuperação do mercado imobiliário nos EUA
Prognóstico: 20%. O prognóstico principal é uma lenta recuperação do mercado de habitações e uma subida de seu preço em 2%.
"Descenso duro” da China
Probabilidade: 10%. A projeção básica é um crescimento da economia chinesa entre 7,5% e 8%. No entanto, o país pode enfrentar desafios relacionados com o excesso de capacidade produtiva e o aumento e o aumento da instabilidade social devido aos escândalos de corrupção ou a conflitos com países vizinhos (uma confrontação militar é pouco provável).
"O despertar” do consumidor chinês
Probabilidade: 20%. O êxito nessa área dependerá da vontade política dos novos dirigentes da China. Segundo o roteiro básico, as autoridades reequilibrarão a economia a favor do crescimento do consumo.
O colapso "não controlado” da eurozona ou, ao contrário, a solução da crise na zona do Euro
Probabilidades: 5% e 10%, respectivamente.
O básico é uma baixa taxa de crescimento da economia europeia após a recessão de 2012. No entanto, a Grécia poderia abandonar a zona do Euro. Esse risco é pequeno; porém, não deve ser descartado, caso o país volte a ficar sem governo e a Alemanha se negue a ajudá-los. Nesse caso, aumenta consideravelmente o valor do dólar e das moedas independentes de alguns países da União Europeia (a Coroa checa, ou o Zloty polaco, por exemplo).
Em uma perspectiva mais positiva (a solução da crise), além dos frutos que trarão as medidas de austeridade, a Itália e a Espanha realizariam reformas significativas no mercado de trabalho, começando a reduzir a brecha de sua competitividade com a França e a Alemanha. Negociações de êxito sentarão bases normativas para a elaboração do orçamento federal na eurozona. Antes de 2018, serão criados os Estados Unidos da Europa. Um cenário pouco provável; porém, mais possível do que a "desintegração controlada”, segundo imaginam os especialistas do UBS.
A escalada do conflito no Oriente Médio
Probabilidade: 15%. Alguns colaboradores do UBS consideram a situação no Oriente Médio de uma "incerteza controlada”. As elites políticas e empresariais da região não querem uma escalada incontrolada de conflitos; porém, ao mesmo tempo, aproveitam para manter a tensão. As situações mais explosivas são: a ingerência do Irã e do Líbano na guerra civil na Síria ou um ataque de Israel às instalações nucleares do Irã. Segundo as estimativas do UBS, no último caso será inevitável o bloqueio do Estreito de Ormuz, através do qual se exporta 20% do petróleo mundial, o qual levaria a um aumento dos preços do cru em 50% (até os 185 dólares por barril), o que seria um grande golpe aos mercados asiáticos, os mais necessitados dessa matéria prima. Por outro lado, os problemas desse tipo costumam ser temporários, concluem os analistas.

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