Foram 1.198.513 famílias que ocuparam terras no Brasil no período de 1988 a 2011; quase 5 milhões de pessoas na primeira década do século XXI se mobilizaram e manifestaram para lutar por terra, trabalho, saúde, educação, direitos humanos, justiça, enfim, por um modelo de desenvolvimento do campo diferente daquele adotado pelo Estado e atrelado ao grande capital.
DATALUTA 2011
DATALUTA 2011
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"Apenas quando somos instruídos pela realidade é que podemos mudá-la."Bertolt Brecht
De acordo com dados da CPT, analisados e confrontados pelos pesquisadores da REDE DATALUTA, podemos fazer algumas leituras dessa realidade: 1º - em relação ao número de ocupações de terras no ano de 2011, na escala das unidades federativas, o estado de São Paulo liderou (67%), seguido de Pernambuco (61%) e Bahia (39%). Ou seja, o número de ações dos movimentos socioterritoriais camponeses no Brasil (ocupações de terras) no ano de 2011, questionando e reivindicando uma redistribuição da propriedade privada (ou não) da terra estão concentradas contraditoriamente onde o capital se territorializou, está se territorializando ou monopolizando o território sob sua ordem; 2º - a região Norte do país concentrou 8,41% do número de ocupações de terras e 6,62% do número de famílias que participaram dessas ações somente no ano de 2011. Ou seja, o Estado não está realizando uma política de redistribuição de
terras onde majoritariamente os camponeses desejam, mas sim onde o capital impõe; 3º - no ano de 2011 a região Nordeste concentrou 53,12% de todas as famílias que lutam pela reforma agrária no país, fato que vem se mostrando e reafirmando historicamente, pois no período de 1988 a 2011 é a região brasileira que teve o maior numero de ocupações (37%), famílias envolvidas (36,44%), manifestações (34,6%) e pessoas envolvidas em manifestações (35,4%). Ou
seja, a luta pela terra se espacializa por todo território brasileiro, mas historicamente sua concentração se dá na região Nordeste do país.
terras onde majoritariamente os camponeses desejam, mas sim onde o capital impõe; 3º - no ano de 2011 a região Nordeste concentrou 53,12% de todas as famílias que lutam pela reforma agrária no país, fato que vem se mostrando e reafirmando historicamente, pois no período de 1988 a 2011 é a região brasileira que teve o maior numero de ocupações (37%), famílias envolvidas (36,44%), manifestações (34,6%) e pessoas envolvidas em manifestações (35,4%). Ou
seja, a luta pela terra se espacializa por todo território brasileiro, mas historicamente sua concentração se dá na região Nordeste do país.
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - campus de Marechal Rondon, o Núcleo de Estudos Agrários - NEAG do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; o Grupo de Pesquisas em Geografia Agrária e Conservação da Biodiversidade do Pantanal - GECA da Universidade Federal de Mato Grosso, o Laboratório de Estudos Rurais e Urbanos - LABERUR do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Sergipe, o Observatório
Esta parceria de pesquisadores está contribuindo para a espacialização do DATALUTA, criando condições de estabelecer uma rede nacional, obtendo dados mais apurados, auxiliando para a qualificação do conhecimento e desenvolvimento dos temas vinculados à questão agrária. Desejamos então, uma boa leitura!
Prof. Dr. Carlos Alberto Feliciano
Coordenação Geral - Relatório DATALUTA 2011
Coordenação Geral - Relatório DATALUTA 2011
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