segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Café passa a ser bebida quente mais consumida na Austrália



postado em 07/12/2012

Esta nova realidade foi demonstrada pela série de relatórios "Coffee and Beverages 2012" da BIS Foodservice, que combinou os resultados de uma pesquisa feita com 1.200 consumidoroes de 14 anos ou mais com as informações do banco de dados da BIS Foodservice e dados oficiais do governo do país.

"Os consumidores estão comprando mais café, mesmo com o preço médio aumentando nos últimos anos", disse a chefe da BIS Foodservice, Sissel Rosengren.

Ascenção do café e queda do chá
O café é agora de fato a bebida quente de escolha para consumo em casa pelos australianos, substituindo o chá pela primeira vez. "Isso tem sido direcionado em grande parte pela queda significante no custo para se fazer um café expresso em casa, combinado com o desenvolvimento de variedades de café. Agora o café é a bebida quente número um em todos os grupos socioeconômicos e de idades".

O aumento do café coincide com a queda do chá. Não somente o chá perdeu seu lugar como a bebida quente escolhida pelos australianos, mas também, o número médio de unidades de chá consumidas por pessoa por semana em casa caiu de 8,6 para 7,9.

Rosengren disse que as companhias precisam promover os benefícios para a saúde do chá para evitar essa grande quantidade de pessoas deixando de consumir a bebida. Elas também precisam encontrar uma forma de comercializar a bebida para a população mais jovem que passou a consumir café. "O chá simplesmente não tem ressonância com os indivíduos mais jovens".

O mercado total de café em termos de número de unidades compradas fora de casa e do trabalho aumentou de 1,8 bilhão em 2010 para 2,1 bilhões em 2012, representando um aumento de 17%. Este crescimento ocorre mesmo com o valor do café ter aumentado bastante nos dois últimos anos, com a tendência de que em breve o preço médio do café comprado e consumido fora de casa alcance A$ 4 (US$ 4,18) pela primeira vez.

Nos últimos dois anos, o preço médio do café expresso consumido fora de casa aumentou em 7%, de um preço médio por xicara de A$ 3,62 (US$ 3,78) para A$ 3,86 (US$ 4,04).

"O mercado de café fora de casa deverá crescer entre 10% e 15% dentro dos próximos dois anos, direcionado em grande parte pela geração mais jovem, com o café consumido no ambiente de trabalho - tanto o feito no trabalho como fora do ambiente de trabalho - também devendo aumentar. Os sinais mostram que a Austrália está se tornando um país consumidor de café. As máquinas de cápsulas de café provavelmente aumentarão em casa e no trabalho, enquanto até 2020, devemos esperar que o café expresso ultrapasse a variedade de café instantâneo/solúvel".

Desenvolvimento da cultura do café na Austrália: tendências de consumo

Em média, cada australiano de 14 anos ou mais gasta A$ 8,60 (US$ 9) por semana em café consumido fora de casa, o que equivale a A$ 447 (US$ 468) por ano. Os australianos bebem 1,8 cafés em uma semana típica fora de casa e fora do ambiente de trabalho, representando um aumento de 0,3 cafés por pessoa desde 2010.

"Apesar das quedas em outros locais, a indústria de café se uniu à mineração no nível da economia que está seguindo bem. Os australianos estão rapidamente se tornandocoffee lovers.

Reunir-se com amigos continua sendo a principal razão pela qual as pessoas bebem café fora de casa e fora do ambiente de trabalho, com 47% dos consumidores dizendo que essa é a principal razão. Entretanro, o aumento nas pessoas respondendo que bebem café fora de casa e fora do escritório por nenhuma razão em particular - de 20% em 2010 para 25% em 2012 - sugere que existe o desenvolvimento de uma cultura do café.

"A maioria do consumo de café ocorre do meio da manhã para o meio da tarde. Entretanto, o aumento no consumo durante o período do meio da tarde também sugere um possível fortalecimento da cultura do café".

No trabalho, as pessoas têm mais chances de consumir café no meio da manhã (62%), seguida por meio da tarde (35%) e começo da manhã (30%), com os dois últimos períodos trocando de lugar desde 2010. A proporção de pessoas no trabalho que bebem café descafeinado é de 5%, um declínio de 2% desde 2010.

A razão mencionada com mais frequência para as pessoas beberem café no trabalho é a estimulação, em 43%, seguida por gosto, em 34%. No total, o café consumido no trabalho aumentou de 4,6 unidades por pessoa em 2010 para 4,8 em 2012.

Também houve um movimento em direção ao café expresso. Nos dois últimos anos, houve um aumento nas máquinas de moer e torrar café no trabalho de 19% para 30%, bem como um aumento nas máquinas de cápsula de café no trabalho de 7% a 14% - que, combinados, tiveram um aumento notável de 69% com relação a 2010. "Existem muitas evidências sugerindo que a Austrália está desenvolvendo gosto pelo café".

Por último, a série de relatórios também descobriu o reforço de um hábito inviável no Brasil: o consumo da água de torneira tem aumentado à medida que os australianos se mantêm cautelosos financeiramente e se voltam aos produtos básicos, buscando reduzir os custos onde for possível. "A água de torneira teve aumento na popularidade nos dois últimos anos", disse Rosengren. "Como você compete com algo que é de graça e prontamente disponível?".

As informações são de Bis.com.au, traduzidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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