quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CNA: mercado externo e consumo interno vão garantir crescimento do setor agropecuário em 2013



postado há 23 horas e 56 minutos atrás

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, afirmou, nesta terça-feira (11/12), em Brasília, que o consumo interno e o mercado externo vão garantir o crescimento do setor agropecuário em 2013. Segundo ela, o consumo interno deve crescer 3% em 2013. As previsões são positivas também para o mercado externo. "Apesar da crise, nós ainda estamos otimistas com relação à Ásia, em especial pelo crescimento da renda", avaliou a senadora Kátia Abreu ao apresentar as perspectivas para a agropecuária em 2013 e o balanço de 2012. A expectativa é que a economia mundial cresça 2,9% em 2013, resultado superior ao verificado neste ano, quando o crescimento estimado é de 2,2%.

Ela lembrou que o governo da China tem como metas incluir 500 milhões de pessoas na classe média até 2020 e urbanizar 300 milhões de pessoas até 2016. Além disso, a perspectiva é dobrar a renda per capita no país até 2020. Essas metas foram traçadas considerando que o foco será o de ampliar o consumo da população em detrimento dos investimentos em infraestrutura. "Quando as pessoas têm mais renda, elas se alimentam melhor", afirmou a presidente da CNA.

Ressaltou, também, a importância do comércio com os países árabes, impulsionado pelo crescimento econômico da região e suas limitações geográficas e climáticas à expansão da produção de alimentos. O bloco dos países árabes absorve 11% das exportações brasileiras do agronegócio e a expectativa é de crescimento. "O crescimento das receitas petrolíferas nesses países têm impulsionado a urbanização e a incorporação de novos contingentes populacionais à classe média. Esses fenômenos sociais, observados principalmente nas economias do Golfo Pérsico, tendem ampliar a demanda por alimentos, bebidas e fibras", afirmou a senadora Kátia Abreu.

Diante da importância do mercado árabe, a CNA solicitou à ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, a criação do cargo de adido agrícola para os países árabes. O pedido foi atendido, contou a presidente da CNA. Segundo ela, o adido agrícola ficará em Dubai, nos Emirados Árabes. "Hoje são nove adidos, mas aos poucos este número de profissionais vai aumentar, para facilitar o trabalho dos diplomatas", enfatizou a senadora. O Brasil conta com oito adidos agrícolas, que atuam nos Estados Unidos, Japão, China, Bélgica, Suíça, Rússia, Argentina e África do Sul.

Apesar do cenário positivo, a senadora defendeu a conquista de novos mercados para os produtos do agronegócio brasileiro. Para ajudar o Brasil nesse desafio, a CNA passará a contar, a partir de hoje, com um canal direto de comunicação com embaixadores e adidos agrícolas no exterior. A entidade lançou, hoje, o Portal de Inteligência Competitiva do Agro Brasileiro, que terá um espaço voltado à realização de webconferências com as autoridades responsáveis pelas negociações comerciais nas representações brasileiras no exterior. A presidente da entidade fez o primeiro contato utilizando a nova ferramenta com a embaixada brasileira em Washington (EUA) e ressaltou a importância dos adidos agrícolas na ampliação e diversificação da pauta comercial brasileira.

Presente à coletiva, o subsecretário-geral de Cooperação, Cultura e Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores, Hadil da Rocha Viana, afirmou que o portal lançado pela CNA será "um instrumento de grande valia" para intensificar a abordagem do agronegócio no exterior, diante do peso do comércio dos produtos do setor na pauta de exportações.

As informações são da Assessoria de Comunicação da CNA, adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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