quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Com o fim das cotas em 2015, preços na Europa podem cair com maior produção



postado há 1 dia atrás

Os preços do leite poderão cair durante os anos que se sucederão ao fim das cotas de produção da União Europeia (UE) devido aos volumes extras de leite que deverão ser produzidos pelos maiores processadores europeus. Essa foi a mensagem passada pelo presidente do Conselho de Lácteos da Irlanda (IDB, sigla em inglês), Kevin Lane.

Ele disse que o IDB espera que a produção de leite da Irlanda aumente em 15-17% durante 2015 e que a produção anual aumente de 5-7% até 2020.

Lane disse que discutiu os volumes projetados de leite com os diretores executivos da Arla Foods e da Friesland Campina, que, combinados, processam quase quatro vezes a produção inteira de leite da Irlanda. A Arla espera aumentar os volumes de leite em 10% até 2020, enquanto a Friesland Campina espera processar 20% a mais.

Ele disse que quando esse volume todo entrar em operação, os preços do leite poderão cair, embora ele não tenha citado um número previsto para essa queda.

Embora os aumentos na demanda global estejam acompanhando a produção mundial de leite, grandes aumentos nas principais regiões produtoras é outra área de preocupação, segundo ele. Ele citou um aumento de 17% na produção de leite na Nova Zelândia nos últimos dois anos, enquanto o maior produtor mundial, a Índia, teve aumento de 6% no volume produzido até agora em 2012.

"Os varejistas estão ficando mais poderosos, mas nenhuma legislação vai resolver isso. Existem três formas de sobreviver com qualquer grande varejista. Você precisa ser muito eficiente, ter marcas fortes que eles queiram ter em suas prateleiras e ter pessoas muito capazes em sua equipe que saibam quando dizer não e quando dizer sim".

O IDB espera que a produção doméstica de leite em pó integral dobre durante essa década. A produção de manteiga deverá aumentar em 63%, com a produção de queijos aumentando em 40%. "Estamos nos concentrando em produtos que são acessíveis em locais como África, onde o maior aumento na demanda está sendo esperada".

A reportagem é do http://www.independent.ie, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.

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