As bases militares dos Estados Unidos na Colombia assim como todas as outras no território da América Latina, significam um perigo muito grande para a unidade e a segurança da América do Sul.
Anna Malm
Anna Malm
Os poderosos interesses americanos e da elite global, no tempo da consolidação das primeiras bases mencionadas acima, ou seja em 2009, já estavam novamente a perscrutar a América Latina com renovado interesse.
A União das Nações Sul Americanas- UNASUR, foi formada em 2008. Essa é uma organização de doze países latinoamericanos para defesa conjunta, desenvolvimento economico e projetos de infraestrutura. [2] [3]
Na América Latina uma força conjunta efetiva realiza-se através não só das organizações acima mencionadas como também das abaixo mencionadas no ponto [3]. Todas essas organizações são organizações que servem em primeira mão aos interesses do nosso continente, e não aos interesses económicos das elites globais.
A Alemanha de hoje, não se sujeita a maquinações dos interesses dos poderosos. Ela mesma é poderosa e vai e tira o que lhe pertence por direito, não dando a ninguém o direito de subjugá-la ou explorá-la. A sua força pessoal ela a substancia através da união européia, que é também em primeira mão, uma organização para assegurar os interesses económicos dos países europeus agregados.
O FMI, Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial estas são organizações que tendo sido criadas em 1947 para assegurar o concretizar e o mantimento da primacia americana e seus aliados na arena internacional, ainda hoje mantém esses objetivos intactos. O núcleo do Conselho de Segurança da ONU é prova disso, sendo como é uma relíquia do após-guerra de 1945. [4] Todos sabemos que uma reforma efetiva do modo de trabalho da ONU, e não só do Conselho de Segurança para que essa possa vir a corresponder as realidades de 2012, é simplesmente indispensável.
Assim como hoje se apresentam e nos seus aspectos mais básicos e centrais os EUA- FMI-ONU-OTAN-UE -Banco Mundial, com suas diversas ramificações assemelha-se a um bicho de sete cabeças onde não se sabe direito onde um acaba e a outra começa.
Sendo assim não é de estranhar que a ONU apresente o Banco Mundial como uma agencia especializada independente, pertencendo ao sistema das nações. Assegura-nos então, no mesmo fôlego, que é só "por costume" que as presidencias do FMI e do Banco Mundial são divididas entre a Europa e os Estados Unidos. Os EUA tendo então a presidencia do Banco Mundial e a Europa a do FMI.
Além ds bases norte- americanas na América Latina e no Caribe ainda temos que seria ainda mais negativo para a unidade do continente sulamericano se os Estados Unidos e as forças reacionárias conseguissem fazer do Brasil um govêrno subordinado aos seus interesses. Esse seria um cenário negativo não só para o Brasil, como também para a comunidade internacional.
Precisa-se de equilíbrio e além disso há o fato de que o Brasil tem o direito de poder fazer negócios com quem bem entender, em total liberdade se quizer fazer negócios com a China, a Rússia, ou a Alemanha ou outros, e não há - ou não deveria haver - quem pudesse proibir o Brasil de fazer negócios com a África, o Oriente Médio, ou com um país persa como o Irã.
Ressalta-se então a importancia do Irã como um enorme potencial de mercado de investimentos - com capacidade para muitos e muitos dividendos, e isso não só na área da energia, mas também como em muitas outras áreas chaves e relevantes.
Porque fecha-se essa grande fonte de investimentos para todos os concurrentes mundiais? Tem-se que compreender, que o Irã é a segunda maior fonte de energia do mundo. Segundo só a Arábia Saudita. Isso tem uma importância global imensa. Essa é uma realidade paupável, visível e real, não uma fantasmagoria atômica. Esse não é um risco a se evitar. Essa é uma oportunidade a não perder.
O Irã tem cerca de 75 milhões de habitantes. O Irã nos últimos cem anos nunca agrediu ninguém. Porque iria começar com isso agora? Por outro lado além de não ser agressivo, ao contrário de muitos outros, o Irã só poderia ser então uma ameaça económica a Arábia Saudita e as descabidas ambições de dominância imperial dos Estados Unidos, não só no Oriente Médio como também pelo mundo todo. Já é hora dos Estados Unidos começarem a ver a si mesmos como um país entre outros, danto a todos, inclusive a América Latina e ao Irã, o devido respeito.
Relacionado ao tema segue que o Brasil também deveria assegurar seus direitos de aderir ou apoiar as organizações que defendam os direitos dos países latinoamericanos e por extensão as dos brasileiros, e não se deixar iludir em caminhos ou opções nos fóruns interncaionais que sirvam - como de costume - só e exclusivamente aos interesses dos Estados Unidos e seus aliados.
REFERÊNCIAS E NOTAS:
[1] CHAVEZ: - BASES MILITARES AMERICANAS NA COLOMBIA:- GOLPE CONTRA A UNIDADE DA AMÉRICA DO SUL -
[CHAVEZ: U.S. MILITARY BASES IN COLOMBIA:- STAB AGAINST UNITY OF SOUTH AMERICA] [1]
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=17488 Global Research,
[2] Organizações Latinoamericanas. Nossa América - ALBA. www.patrialatina.com.br -
[3] Anna Malm, "Parcerias Militares:-Refrescando a Memória" - novembro 2012 - em www.bahnhof.se/224120
(Além da ALBA e da UNASUR, mencionadas acima, ainda há a MERCOSUR, que age dentro de um sistema de mercado e alfândega comum, há já vinte e um anos.
A CELAC -Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, mostra-se como alternativa a OEA -Organização dos Estados Americanos. A CELAC tem uma população de 600 miliões de habitantes, a ser comparada com a população do Brasil de aproximadamente 194 miliões de habitantes, ou com a população dos Estados Unidos de aproximadamente 313 miliões de habitantes.
Seiscentos milhões de habitantes da CELAC significa muito em termos de potencial humano e económico. Sendo o produto nacional bruto da CELAC de $6 triliões, a CELAC é indiscutivelmente uma força de muito peso na arena internacional.)
[4] Vikipédia - www.wikipedia.org
Anna Malm é correspondente de Pátria Latina na Europa
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