sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Entrevista da presidenta Dilma durante a Cúpula de chefes de Estado do Mercosul


A presidenta Dilma Rousseff concedeu nesta sexta-feira (7) entrevista no Itamaraty, durante a Cúpula de chefes de Estado do Mercosul. Leia abaixo os principais trechos:

Ministro da Fazenda
Quando eu estava entrando, que vocês gritaram para mim a respeito da questão do Guido Mantega… Então, eu vou dizer para vocês o seguinte: eu acho… nós todos aqui e eu, em especial, sou a favor da liberdade de imprensa. Então, não tenho nenhum senão a dizer sobre o direito de qualquer revista ou jornal falar o que quiser. Só quero me manifestar que em hipótese alguma o governo brasileiro, eleito pelo voto direto e secreto do povo brasileiro vai ser influenciado por uma opinião de uma revista que não seja brasileira. E acho que não é correto, também, pelo seguinte: não vi, diante dessa crise gravíssima pela qual o mundo passa, com países tendo taxas de crescimento negativas, escândalos, quedas de bancos, quebradeiras, eu nunca vi nenhum jornal propor a queda de um ministro. Nós estamos crescendo a 0,6 neste trimestre. Iremos crescer mais no próximo trimestre. Então, a resposta é: de maneira alguma eu levarei em consideração esta, diríamos, sugestão. Não vou levar. Muito obrigada.
Crise
Nenhum banco como o Lehman Brothers quebrou aqui. Nós não temos crise de dívida soberana. A nossa relação dívida PIB é de 35%. A nossa inflação está sob controle. Nós temos US$ 378 bilhões de reservas. E tudo isso se dá por quê? Porque os juros caíram no Brasil? E os juros caíram no Brasil porque não podiam cair aqui? Aqui tinha de ser o único, como dizia um economista antigo nosso: “o último peru…” ele falou de Ação de Graças, mas como aqui a gente não comemora Ação de Graças, nós vamos chamar de peru de Natal.

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