quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Números de safra de café foram mal interpretados , diz gerente da Terra Forte





A empresa exportadora de café Terra Forte divulgou no mercado estimativa para as safras do Brasil 2012/13 (revisão) e uma previsão já para a safra 2013/14, que será colhida ano que vem. Segundo o gerente de exportação da Terra forte, Jayme da Silveira Leme Neto, responsável pelos dados, os números foram muito mal interpretados da forma como chegaram ao mercado.

Foi dado destaque para a estimativa de 2013/14, que a Terra Forte indica em 53,39 milhões de sacas para o Brasil, o que mesmo em ano de safra de ciclo baixo produtivo superaria a produção de um ciclo alto, de 2012/13, apontada em 52,2 milhões de sacas. Para ele, o maior destaque no momento é a safra decepcionante colhida este ano. “Falaram em safra 2012/13 de até 60 milhões de sacas, e nós jamais trabalhamos com esse número”, comenta. A Terra Forte chegou a estimar a produção 2012/13 em 53,9 milhões de sacas antes da colheita, mas reduziu o número na medida em que a safra apresentou problemas.

No relatório com a estimativa, a Terra Forte ressalta que ”diferentemente da percepção do mercado, nós estamos mantendo a estimativa de produção em 52,2 milhões de sacas. A principal razão é a produção na Zona da Mata, do arábica no Espírito Santo e no sul de Minas Geraisextremamente desapontadora”, referindo-se a 2012/13. “Desde o início da safra, a maior parte dos analistas espera uma grande pressão de oferta do Brasil. No entanto, as chuvas excessivas em julho mudaram isso e poucos estão levando isso em conta”, comenta o relatório.

Em entrevista à Agência SAFRAS, Jayme Neto observou ainda que “perdemos café demais e derrubaram o mercado mesmo assim. Se fosse mesmo uma safra de 57 ou 58 milhões de sacas este ano, estaríamos exportando mensalmente sempre 3 milhões de sacas, o que não está acontecendo”. “A safra deste ano foi superestimada”, afirma. No relatório, a Terra Forte comenta ainda o grande prejuízo em qualidade de 2012/13. “O Brasil perdeu praticamente a safra de Honduras em termos de cafés bons e finos, de 5 a 6 milhões de sacas”, apontou, grãos que agora estão indo para o mercado interno e competindo com conillons.
 

Numa safra de ciclo alto produtivo, para Jayme Neto, o Brasil tem o potencial de colher 60 a 62 milhões de sacas, mas a produção deste ano foi muito prejudicada, afirmou.
 

2013/14

Para 2013/14, Jayme Neto diz que o Brasil terá uma recuperação na produção, possível em função do clima favorável e da carga menor que o normal para uma safra cheia em 2012. “Para se ter uma safra forte em ciclo baixo produtivo, é preciso que antes tenha havido uma safra fraca em ciclo de alta produção”, afirmou. Ou seja, em 2012 o Brasil colheu uma “pequena safra grande”, e agora em 2013, com clima favorável poder colher uma ”grande safra pequena”.

O relatório ressalta que a florada foi excepcional, e ao contrário do ano anterior, as condições foram ideais para o pegamento da florada. As chuvas de julho que foram muito prejudiciais à qualidade da safra 2012/13 proporcionaram umidade suficiente para que as lavouras enfrentassem o inverno até as chuvas da primavera. “A Zona da Mata e o Espírito Santo terão safras recordes, recuperando-se da produção decepcionante do ano anterior”, comentou.
 

Concluindo, Jayme Neto reitera lamentar que só se tenham observado os números de 2013/14, quando a decepção com a safra 2012/13 é maior e mais imediata do que as perspectivas para 2013/14, já que tem afetado os embarques do país, com fluxo menor que o imaginado nas exportações.
 

A Terra Forte no acumulado de 2012 é a terceira maior exportadora de café do Brasil, tendo exportado 1,526 milhão de sacas de grão verde. “Rodei 4.000 quilômetros para fazer essa estimativa, sem falar nos inúmeros contatos com regiões produtoras. Não há interesse em colocar número para cima ou para baixo da realidade”, concluiu Jayme Neto.

Fonte : Safras & Mercado //Café da Terra
Comentários
Edson Guerrero
Este senhor deve passar esta metodologia para a Conab, pois com 4.000 km, a custo de R$ 1,00 o km tem um custo muito pequeno pela sua precisão.Se colocássemos em todo o percurso pés de cafés com espaçamento de 1 m ,nosso "expert" veria 4 mi de pés de um total de 6 bi.É para patentear o método.Acredito em prêmio Nobel de estatísticas.

Grande abraço .
zeus
sr.zeus100@gmail.com

 a guerra continua , e a única verdade de toda essa historia, é que , empresas como essa exportadora terra  forte, estão falidas , cheias de dividas e sem credito para fazer grandes compras , tentam plantar no mundo noticias de super safras , tentando com isso enfraquecer as cotações tendo folego para sobreviver, porem estão dando tiros nos próprios pés , e mais cedo ou m,ais tarde vão quebrar, ou melhor já estão quebrados. E ao contrario do que ela diz o ano que vem vai ser muito duro para o produtor , com uma safra bem baixa, e alguns próximo de zero. Tivemos chuvas em junho , mas depois tivemos muito frio e seca prolongada em um período critico e crucial para planta, e isso não tem volta e trará quebra de safra .

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