quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Bombeiros prometem não participar mais de ações de despejo na Espanha


Bombeiros prometem não participar mais de ações de despejo na Espanha

Grupamentos de bombeiros nas regiões de Madri, Catalunha e Galícia anunciam que não participarão mais de despejos, que têm ocorrido com mais frequência na Espanha devido à crise econômica. Decisão foi impulsionada por bombeiros da cidade galega de Corunha, que se recusaram a entrar na casa de uma octogenária que não havia pagado o aluguel.

Lisboa – Na terça-feira (19), o despejo de Aurelia Rei, na cidade galega de Corunha, por atraso de um mês no pagamento do aluguel, foi evitado por uma manifestação com cerca de duzentas pessoas, convocadas pela Plataforma ‘Stop Despejos’ e que contou com a presença de um eurodeputado do Bloco Nacionalista Galego e de outros militantes da esquerda.

Houve alguns empurrões com os agentes policiais locais e nacionais presentes, mas os manifestantes ganharam ânimo após a chegada dos bombeiros chamados para abrir caminho ao despejo e forçar a entrada da casa da octogenária.

Mesmo ameaçados disciplinarmente, os bombeiros recusaram-se a abrir a porta da casa. Segundo o ‘Diario Vasco’, um deles empunhou um cartaz da Plataforma ‘Stop Despejos’, em solidariedade com o protesto. 

Mais tarde, outro bombeiro tentou entrar na casa, mas acabou impedido pelas pessoas que se encontravam do lado de dentro. Tanto esse bombeiro como os policiais presentes ouviram uma vaia.

Solidariedade madrilena e catalã
Após ser divulgada a notícia, os bombeiros da Comunidade de Madri afirmaram o "total apoio" à atitude dos colegas galegos e se recusaram a colaborar com futuros despejos em Madri. 

A seção das ‘Comisiones Obreras’ dos bombeiros madrilenos sublinhou que eles não são "fantoches da banca nem dos seus servidores no governo" e que o seu dever é "prestar serviço à cidadania".

Do lado dos bombeiros catalães, a seção sindical da UGT anunciou que os representantes sindicais estão de acordo em "apenas realizar a abertura de casas em situações de emergência, como diz a lei". 

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