O Santander Brasil anunciou na manhã desta quinta-feira (31) lucro líquido "gerencial" de R$ 6,329 bilhões em 2012, uma queda de 5% em relação ao ano anterior. Os ganhos do banco espanhol só foi inferior ao do ano passado porque a empresa aumentou em 30,11% as provisões para despesas com devedores duvidosos (PDD), apesar de a inadimplência nesse período ter crescido apenas 1 ponto percentual. Ainda assim, o Brasil foi responsável por 26% do resultado global do banco, que obteve lucro líquido de 2,2 bilhões de euros, recuo de 59% na comparação anual.
Sindicato Dos Bancários De Pernambuco
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Maquiagem no balanço -
"Essas provisões representam duas vezes e meia o lucro líquido do banco no ano, o que é um evidente exagero diante de uma realidade em que a inadimplência cresceu 1 ponto percentual em 2012, mas vem caindo. Essa maquiagem no balanço visa ludibriar o governo e a sociedade e tem impacto negativo até na distribuição da PLR dos bancários", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).
Mesmo com a pequena redução dos juros e do spread no ano passado por força da pressão do governo federal e da ação de mercado dos bancos públicos, o Santander aumentou as operações de crédito em 8%, ampliou a receita de prestação de serviços em 12% e as rendas de tarifas bancárias também em 12%. Com isso, a receita de prestação de serviços passou a cobrir 137,7% das despesas de pessoal, um incremento de 5,13 pontos percentuais.
“Como se vê, a situação do Santander é privilegiada no Brasil. O banco espanhol precisa retribuir a sociedade brasileira com crédito mais barato, criação de empregos e respeito aos trabalhadores e suas entidades representativas. Vamos intensificar essa cobrança em 2013”, avisa o presidente da Contraf-CUT.
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