sábado, 9 de fevereiro de 2013

DCE da USP lança petição pela retirada imediata de denúncia do Ministério Público de São Paulo



Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) Livre da Universidade de São Paulo (USP) lançou um abaixo-assinado exigindo a "retirada imediata” da denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, contra os/as 72 estudantes que foram presos/as durante a reintegração de posse do prédio da Reitoria da universidade em novembro de 2011.
Na denúncia apresentada na última segunda-feira (4), a promotora Eliana Passarelli acusa os/as estudantes "pelos crimes de danos ao patrimônio público, fabricação de explosivo, formação de quadrilha e desobediência à ordem judicial”.
Indignados com a acusação, o DCE Livre da USP divulgou um comunicado, na última terça-feira (5), por meio do qual expressa que "a intenção de criminalizar esses estudantes é um ataque ao movimento estudantil e aos movimentos sociais de conjunto, que possuem o direito democrático de livre expressão e manifestação”.
O DCE afirma que um dos principais problemas enfrentados dentro da USP "é a falta de democracia” na gestão do atual reitor João Grandino Rodas. Segundo a representação estudantil, o convênio assinado pelo reitor com a polícia militar em setembro de 2011 "não foi em nenhum momento debatido junto à comunidade universitária” e além do mais, também não solucionou o problema da insegurança dentro da Cidade Universitária.
Até o fechamento desta matéria, a petição já havia coletado mais de 2.600 assinaturas. A intenção do DCE é chegar às 3 mil adesões. Para apoiar a causa dos estudantes da USP e assinar a petição, cliqueaqui.
Entenda o caso
Em setembro de 2011, a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) assinou um convênio de segurança e patrulhamento com a Polícia Militar (PM), numa tentativa de reduzir a insegurança e a criminalidade na Cidade Universitária. No entanto, muitos estudantes e funcionários não concordaram com a decisão e ficaram incomodados com as rondas diárias.
O estopim para o conflito entre PMs, alunos/as e reitoria aconteceu no final de outubro do mesmo ano, quando policiais tentaram deter três estudantes que fumavam maconha dentro do campus universitário. A ação indignou centenas de estudantes que iniciaram um protesto nas instalações da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), contra o convênio e a constante presença da Polícia na universidade.
Em negociação pela desocupação da FFLCH, um grupo de estudantes resistentes decidiu ocupar o prédio da reitoria no dia 2 de novembro, dando continuidade ao protesto contra a permanência da polícia na USP. Dias depois, a Tropa de Choque da PM cumpriu decisão judicial de reintegração de posse do prédio, ação que foi considerada violenta e resultou na prisão dos/as 72 estudantes.
Para mais informações: http://www.dceusp.org.br/
Com informações de agências.

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