segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Festival neste sábado (9) pedirá por justiça ao caso Javier Barrionuevo



Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
No último dia 6 de fevereiro completaram-se 11 anos do assassinato do jovem Javier Barrionuevo, que em 2002 foi morto por Jorge ‘Batata’ Bogado, enquanto participava de uma manifestação no município de Esteban Echeverría (Argentina), à qual pedia por plano de emprego e alimento para os refeitórios populares.
Apesar de ter se realizado um julgamento, Jorge ‘Batata’ Bogado, quem tinha estreitas relações com figuras políticas da cidade, nunca foi condenado formalmente, já que o procurador Pablo Pando menosprezou as provas acusatórias existentes e testemunhas.
Diante deste cenário de impunidade, entidades e organizações sociais convocam a população a participar do "Festival Artístico e Cultural aos 11 anos do assassinato de Javier Barrionuevo”, sob o lemaSer Jovem não é delito, protestar é um direito, que acontecerá na tarde deste sábado (9) na Plaza Mitre, em Monte Grande.
Durante o evento, que será transmitido ao vivo pela Rede Nacional de Meios Alternativos, participantes pedirão a reabertura do caso, a prisão de Jorge Bogado e julgamento político ao promotor Pablo Pando. Também se manifestarão pela não criminalização do protesto social, não ao gatilho fácil e contra a Lei Antiterrorista. O evento conta ainda com apresentações culturais.
Além do Festival, jovens estão expressando sua homenagem à Javier também através da pintura de murais. No dia 6, um grupo criou um mural no galpão da Estação Monte Grande. Os próximos murais estão programados para serem criados nos próximos dias 16, na estação Luis Guillón; e no dia 23, na estação El Jaguel.
Desde o início desta semana que militantes e entidades em defesa de Javier realizam atividades pedindo justiça e o fim da impunidade. Na terça-feira (5), foi realizado um "escracho” em frente à casa do acusado Jorge ‘Batata’ Bogado, na localidade de Monte Grande, e no dia 6 houve um debate na Casa del Pueblo que analisou o contexto histórico e os movimentos sociais.
De acordo com informações da página Justiça por Javier Barrionuevo no facebook, as forças repressivas do governo argentino assassinam um jovem a cada 28 horas. De 1983 até 2012, foram registrados 3.800 assassinatos de jovens vítimas deste aparato repressivo do Estado.
Acompanhe o evento pelo facebook: https://www.facebook.com/events/510258562358134/

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