domingo, 10 de fevereiro de 2013

Movimentos fazem ações contra a criminalização do protesto social e lembras presos políticos de Bariloche



 
Rogéria Araújo
Jornalista da Adital
Adital
Hoje mobilizações na Argentina e em outros países da região realizam diversos atos dentro da Campanha de Libertação dos Presos Políticos de Bariloche. O fato diz respeito à detenção de, pelo menos, uma dezena de manifestantes do Movimento Social e Cooperativo 1º de Maio, que foram presos em dezembro passado, sob a acusação de saques de alimentos e outras mercadorias em Bariloche. A Campanha pega o caso como exemplo, mas se estende a toda repressão e criminalização dos protestos sociais.
Em comunicado, a Campanha afirma que mais de 400 organizações da América Latina estão apoiando a causa e em alguns países também estão realizando ações. Na Argentina, essas atividades estão programadas para acontecer durante todo o dia de hoje em Buenos Aires, Córdoba, Rosário, Resistencia (Chaco), Paraná (Entre Ríos), Corrientes, Jujuy, Tucuman, Mar del Plata, Neuquén, Fiske Menuco (ex Roca), Viedma (Río Negro), Mendoza e Bariloche.
Também haverá ações em Montevideo (Uruguai), Florianópolis, Joinville, Curitiba, São Paulo, Recife, Porto Alegre, Maceió (todas cidades do Brasil), Santiago (Chile) e Assunción (Paraguai).
As atividades consistem em caminhadas, concentrações, atos públicos, coletivas de imprensa, palestras e programas de rádio.
"Responsabilizamos os governos nacional, da província e do município pelas horas, dias e semanas de privação da liberdade desses militantes sociais, lutadores pelo alcance da dignidade humana, sem que ninguém seja privilegiada por sobre o resto; lutadores por um mundo sem injustiças, um monde sem opressores, nem oprimidos”, destaca o comunicado da Campanha.
Numa Argentina ainda em crise, o Movimento Social e Cooperativo 1º de Maio afirma que se trata de intensificar a criminalização do protesto social e reter àqueles que lutam firmemente contra a pobreza. Atualmente, segundo dados da Universidade Católica Argentina, quase 22% dos argentinos podem ser considerados pobres, rebatendo dados oficiais do governo, que afirma que a pobreza diminuiu no país.
O caso
Cansados de esperar por uma solução do governo, em dezembro de 2012, uma ação organizada em, pelo menos, 40 cidades argentinas, ocupou grandes redes de supermercados para adquirir comida e outros bens básicos. Diante das acusações de uma atitude radical, o Movimento afirmou que radical era a pobreza que os atingia diariamente.

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