terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Presidente da Cooparaiso pede política para a cafeicultura





Valor 

Carine Ferreira
 
O presidente da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso), Carlos Melles (foto: arquivo CNC), disse que o governo federal não tem política de “consistência” para o setor, mas apenas paliativa. Os Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, na sua avaliação, são instrumentos das políticas do governo. “Mas quem formula as políticas talvez não tenha conhecimento do setor”.
 
Em entrevista do Valor PRO, Melles, que também é secretário de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais, afirmou que o “cafeicultor está resistindo bravamente” ao aumento do custo de produção e às rígidas legislações trabalhista e ambiental. De acordo com o presidente da Cooparaiso, o custo da mão de obra aumentou 1.130% desde 1995.
 
Melles também calcula que, ao valor médio de R$ 10 mil para custear um hectare de café, o custo total para a produção nacional em dois milhões de hectares é em torno de R$ 20 bilhões. Com um preço de R$ 300 a saca, a safra em 50 milhões de sacas renderia uma receita de cerca de R$ 15 bilhões, portanto R$ 5 bilhões a menos que as despesas para a cultura. Por isso, Melles estima que a queda no preço do café provoca uma perda entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões para o segmento, levando em conta um custo total entre R$ 16 a R$ 20 bilhões.

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