quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Região mexicana vê boa oportunidade turística para o café



Depois de duas horas de caminhada em meio a pés de café, rios e uma espessa variedade de árvores que se destacam no panorama, a apenas uma quadra do céu aparece uma propriedade tipicamente cafeeira, adequada para os visitantes e que abre as portas para um novo negócio: a Rota do Café.

Essa oferta que nasceu, há cerca de quatro anos, da necessidade dos cafeicultores de Chiapas, no México, de obter maiores receitas e promover a bebida, se converteu em uma fonte alternativa de lucro para os produtores, que se vêem afetados pelo baixo consumo da bebida no país, 1,2 quilo per cápita ao ano, segundo dados da Amecafé (Associação Mexicana da Cadeia Produtiva do Café).

"Depois de investir em mais de 100 mil dólares em apenas pesquisa desse novo modelo de negócio, além das adequações da propriedade para receber turistas, temos diversificado a especialização de nossos trabalhadores para que atendam às pessoas que visitam esse local de produção", disse o diretor comercial da Propriedade Hamburgo, em Tapachula, Ulises Hidalgo Hernández.

Essas terras cafeeiras que por anos têm sido visitadas por colhedores e compradores de café e também por provadores, na atualidade são admiradas por visitantes provenientes, em sua maioria, da Europa e Estados Unidos, segundo disse Hidalgo, pois os turistas locais ainda se sentem mais atraídos por destinos convencionais, como as praias e sítios arqueológicos.

"A rota de Chiapas se baseia mais no que é arqueologia, natureza e não do café. O que mais buscam os turistas são lugares como o Canal de Sumideo e Cascadas de Água Azul. Os mexicanos que não buscam praia se sentem atraídos pelo turismo mais cultural e, como última opção, o rural", explicou o diretor de operações da empresa de turismo, Link Overseas Travel, Francisco Ito Endo.

Pensando nos hábitos de consumo dos turistas mexicanos, os proprietários das propriedades Hamburgo, San Francisco e Irlanda, localizadas a 40 minutos de Tapachula, buscam criar um pacote que inclua outros atrativos da região, como as Cascadas da Água Azul e algumas visitas a ruínas arqueológicas, tudo orientado para atrair mais visitantes e operadores turísticos.

"Ainda que as lavouras contem com todos os serviços de água, energia elétrica e sanitários, existem áreas que precisam de melhores vias de acesso, sistemas de telecomunicações e estamos trabalhando nisso, visando contar com mais visitas", sustentou Ulises Hidalgo Hernández.

Agnocafé

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