Na Rua Ana Machado, Cachoeiro de Itapemirim, morava Nair Coelho dos Santos, uma senhora miúda que nos tempos ásperos da ditadura militar acolhia na sua casa as pessoas que traziam a liberdade na alma.
Ali funcionava uma escola diferente, onde aprendíamos lições de competência, honestidade, coerência e solidariedade. A casa de Nair era território livre.
Nair era e continua sendo mãe de todos, além dos seus nove filhos. Por isto, Augusto, Vinícius e Helena, meus filhos com Eliane, como outros cachoeirenses, também a reverenciam como vovó Nair.
Por estes motivos entendemos que cachoeirense é substantivo para quem tem registro de nascimento em Cartório de Cachoeiro de Itapemirim, mas é adjetivo para quem tem alegria de viver, é solidário e tem a capacidade de se alegrar com a alegria dos outros, cachoeirense ou não.
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