sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

HELIO ZANCHETTA – 2 - DELÍCIAS DO INTERIOR



       Quando a passava por Castelo, parar no açougue do Hélio Zanchetta era uma operação fácil de realizar e sagrada. Tem sido assim nos últimos 30 anos. Ninguém consegue resistir aos seus produtos, que carregam um tempero diferente. Além do sal, pimenta e outros itens, o produto final sempre tem a dedicação de quem o faz com amor e prazer.
       Mas quando não passava em Castelo e minha reserva estava acabando telefonava e o bancário aposentado Vinicius Martins era que trazia a encomenda. Não importava a quantidade, o que viesse o pagamento seguia logo em seguida.
        A lingüiça e o lombinho vinham em embrulhos de um quilo. Colocava a caixa debaixo da minha mesa na sala da chefia de reportagem. Rapidamente o cheiro delicioso e atraente contaminava o ambiente. Não demorava muito e eu repassava para os colegas de redação uma parte da maravilha produzido por Hélio Zanchetta.
       Em Castelo o freguês do Hélio ainda consegue provocar a mercadoria antes de comprá-la. Na minha sala não tinha esta mordomia e privilégio. A compra era feita do pacote fechado e com base no olfato do freguês. Vendi muita lingüiça e lombinho, mas juro que nunca acrescentei um centavo no preço de custo.

Vila Hélio, sempre que puder volto a Castelo.
Faça o mesmo quando for lá. Vale a pena.

Um comentário:

  1. Passo sempre por,as paisagens entre Castelo e V.N doEmigrante são sensacionais as propriedades rurais assemelham-se às europeias,As terras do Camilo Cola tudo , muito verde com aquelas montanhas fantásticas como paredões de granito.
    Passei por esta estrada ainda em terra.e diversas vezes fiquei atolado e resgatado por Castelo .o Ecoturismo,anda por alta na região,perante sua beleza .Acho que o amigo descreveu ,um quadro real e atávico da cidade.
    As delícias de Castelo,seu povo simples e educado,manso de alma retrataram verdadeiramente o quadro que você pintou ! abs

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