Parece clichê, mas é a frase 'de
Castelo para o mundo' pode perfeitamente ser usada para falar do café arábica
produzido na localidade de Bateia, zona rural do município de Castelo,
localizado ao Sul do Espírito Santo. Vencedor do 5º Concurso de Qualidade de
Café do município, o grão foi escolhido entre outras amostras de todo o país
para representar o Brasil em um concurso internacional, o World of Coffee, que
será realizado entre os dias 12 e 15 de junho, em Viena, na Áustria.
Aproximadamente representantes de 60
países estarão reunidos neste concurso, considerado o principal evento cafeeiro
da Europa. Para Elias Batista Generoso, jurado nas fases nacional e
internacional do Concurso Brasileiro de Cafés Especiais – edição 2011, o café
produzido em Castelo, que irá representar o Brasil na disputa, tem
particularidades que o diferenciam e reforçam a qualidade do grão.
“É o café cereja descascado e
desmucilado no tanque como na Colômbia. Campeão no concurso municipal de
Castelo em 2011, obteve média de 92 pontos, tendo alguns classificadores dado
nota acima de 95 pontos. Este café é uma obra prima no que se refere ao cuidado
em todo processo. Foi colhido com aproximadamente 90% de grãos maduros. Por
isso, ele é tão doce com notas de frutas de ex manga. Na verdade, foi muito
difícil descrever este café por ser tão complexo, pois tem atributos que
procuramos em um café especial: acidez cítrica e exótica, doçura, melaço, corpo
licoroso denso e muito mais”, destaca Elias.
O café em destaque pertence ao
produtor rural Leonir Sartori, da comunidade de Bateia. Vencedor do concurso de
qualidade de café do município no ano passado, tem a saca comercializada por R$
1.000,00. “Foi maravilhoso vencer o concurso realizado em Castelo, agora
representar o Brasil em uma competição internacional é ainda melhor. Isso
mostra que vale a pena investir nos tratos culturais, em todo o processo
produtivo do café, desde o plantio até a venda, porque alcançamos resultados.
Estou muito feliz com esta oportunidade e, com certeza, meu café vai fazer
bonito no concurso”, afirma Leonir.
“Este é o reconhecimento de todo o
trabalho realizado no município. Mostra que estamos no caminho certo e que
podemos expandir ainda mais a cultura em Castelo. Temos condições climáticas
favoráveis e só depende do produtor conduzir a plantação da forma adequada, os
investimentos e os cuidados necessários são recompensados depois com a
conquista de mercado. Sem dúvida, tenho a sensação de dever cumprido, mas sei
que podemos ir ainda mais longe. O trabalho continua para que o café produzido
no município tenha cada vez mais espaço. Esta conquista também serve de exemplo
aos demais produtores, mostra que é possível sim, um café produzido aqui no
interior do Espírito Santo estar entre os melhores e representar o país em
competições internacionais”, finaliza Rondinélio Sartori, degustador e
classificador de café da Secretaria Municipal de Agricultura de Castelo.
cafe_arabica.jpg
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