sexta-feira, 18 de maio de 2012

O ESPÍRITO SANTO E O CAFÉ, NA VISAO DE LUIZ ANTONIO POLESE DO CENTRO DO COMERCIO DE CAFÉ.



- Penso que se não fosse o café, a realidade agrícola e agrária do Espírito Santo seria muito diferente e para muito pior. Imagine uma grande fazenda de eucalipto ou uma grande fazenda de cana de açúcar ou mesmo uma grande fazenda de pecuária. Onde estariam essas famílias que vivem da cafeicultura? Onde colocaríamos toda a mão de obra envolvida com o negócio café? 
O texto acima é a resposta que o presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória, Luiz Antonio Polese, me deu quando lhe perguntei o que seria do nosso Estado sem o café.
Polese alinhou seis pontos que ele considera como básicos quando olhamos o Espírito Santo e a sua ligação com o café:
  
1-    Para Polese a imagem do café conilon produzido no Espírito Santo melhorou muito nos últimos anos, fruto do trabalho de todos (CCCCV, CETCAF, Incaper e da Secretária de Agrícultura) que trabalharam na melhoria da produção, produtividade e principalmente na qualidade. O setor produtivo foi quem deu a maior contribuição nesse processo de substituição do parque cafeeiro e também na implantação de novas técnicas de manejo e cultivo.

2-    Sobre o futuro do conilon, Polese é de opinião que “é promissor e a década 2011/2020  será a nossa década. A década do conilon capixaba. Tudo fruto do trabalho integrado de produtores, órgãos ligados ao Governo e os exportadores. Falo isto porque tenho raízes de trabalho estão ligadas ao café via Banco do Brasil, onde trabalhei em Colatina e Pancas, com convivência estreita com os produtores, já que BB sempre foi o maior  financiador da cafeicultura.

3-    Sou filho e neto de produtores rurais da região de Barra do Triunfo, município de João Neiva. Sempre estive ligado a cafeicultura por intermédio dos meus pais e tios que continuam na lida agrícola. Logo depois da aposentadoria no Banco do Brasil, agência de Colatina, adquiri uma pequena propriedade em São Pedro Frio, Colatina e cultivo uma lavoura de conilon em altitude de 600 metros. Com parceria agrícola consegui alta produtividade e excelente qualidade no café colhido.
4-    Hoje uma certeza veio para ficar no business “Café”:   a qualidade.  Todos os envolvidos, governo, ONGs, produtores, setor comercial e exportador estão conscientizados de que o mundo importador de café esta exigindo qualidade cada vez maior. Os países produtores e grandes consumidores como o Brasil, também passaram a exigir qualidade melhor.
5-    Temos o Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha, como referencia e influindo fortemente no comércio de café no Estado’’ e a A instalação da primeira indústria de café solúvel, iniciativa do empreendedorismo do Sr. Jonice Tristão) foi outro fator fundamental para a consolidação do conilon no Estado.’’

6-    O Mundo passou a usar mais conilon nos blends e os exportadores capixabas fizeram a grande virada em relação ao mercado. Antes éramos considerados os vilões, hoje o setor produtivo compreende nossa postura parceira.

Sobre o futuro, Polese é de opinião que “ainda temos espaço para crescer no conilon e no arábica, desde que tenhamos organização, planejamento, recursos financeiros e apoio governamental. Temos gente que sabe fazer e quando não sabe aprende com rapidez. Continuo acreditando que a força vem do interior, por tudo isto acho que ficar com uma produção de 12  milhões de sacas de café, no pequeno Espírito Santo, demonstra a nossa capacidade. Mas acho que poderemos ir um pouco além, um pouco mais”, finaliza.

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