Está sendo realizado na Fazenda Experimental de Varginha-MG, nos
dias 30 e 31 de maio, dias de campo sobre “Tecnologias para a Lavoura
Cafeeira”. O evento é da Fundação Procafé e
conta com apoio da Embrapa Café e instituições participantes
doConsórcio Pesquisa Café, cujo programa de
pesquisa é coordenado pela Embrapa Café, Unidade da Embrapa vinculada aoMinistério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa.
Esta edição contará, durante os dois dias do evento, com oito estações
de campo em formato clínica tecnológica: Cultivares Clonais; Proteção contra
fermentações melhorando a bebida do café; Análise foliar: comportamento do
nitrogênio em folha, ramo e raiz do cafeeiro; Novas cultivares de café
desenvolvidas pela Fundação Procafé; Espaçamento x irrigação; e Demonstrações
tecnológicas das empresas participantes.
O objetivo é
difundir tecnologias geradas pela Fundação Procafé no âmbito do Consórcio
Pesquisa Café e levar aos participantes resultados recentes de pesquisa por
meio de dinâmicas de campo. O pesquisador da Embrapa Café Carlos Henrique de
Carvalho vai dar detalhes sobre as novas cultivares de café arábica
desenvolvidas pela Fundação Procafé com recursos do Consórcio Pesquisa Café.
Vão apresentar também trabalhos nas estações de campo os pesquisadores da
Fundação Procafé Rodrigo Naves Paiva, Alysson Vilela Fagundes e Ana Carolina
Ramia dos Santos Paiva e os pesquisadores colaboradores da Fundação
Procafé José Braz Matiello e Saulo Roque de Almeida.
O pesquisador da
Embrapa Café Carlos Henrique S. de Carvalho em sua apresentação sobre
“Cultivares clonais de café arábica” vai explicar que o desenvolvimento de
cultivares de Coffea arabica L. é um processo bastante longo,
normalmente demandando cerca de 30 anos de trabalho para a liberação comercial
de uma nova cultivar. Isso ocorre porque há necessidade de realizar vários
ciclos de seleção para fixar todas as características de interesse e tornar
possível a produção de plantas uniformes por meio de sementes. “Uma forma de
reduzir o tempo para o lançamento de novas cultivares é a utilização de
propagação vegetativa, a qual permite a utilização comercial de plantas que
ainda não possuem todas as características fixadas e de híbridos, os quais
chegam a produzir 40% mais que cultivares tradicionais. Além disso, é bem mais
fácil reunir em uma única planta matriz várias características agronômicas
importantes do que em uma cultivar propagada por sementes”, explica o pesquisador.
A técnica de
propagação vegetativa é pesquisada em parceria com a Fundação Procafé há 12
anos, selecionando plantas matrizes com várias características de grande
interesse agronômico até então não reunidas em uma única cultivar propagada por
sementes. São plantas matrizes com resistência ao bicho mineiro e à ferrugem,
boa tolerância à seca, boa qualidade de bebida e alta produtividade, que
certamente podem contribuir para a cafeicultura do Sul de Minas. “Entre os
métodos de propagação vegetativa do cafeeiro, a produção de mudas clonais via
embriogênese somática é a mais adequada para a multiplicação de plantas
híbridas em larga escala. Essa técnica possibilita a produção de cerca de 10
mil mudas a partir de uma única folha. As plantas produzidas são cópias fiéis
da planta matriz selecionada, cujas características não seriam transmitidas em
sua totalidade se a propagação fosse feita através de sementes”, completa
Carlos Henrique. A Fundação Procafé já domina esta tecnologia e atualmente
produz mudas clonais em pequena escala para avaliação de plantas matrizes.
Nessa estação será
apresentado experimento que avalia o comportamento agronômico de clones
produzidos por embriogênese somática a partir de plantas matrizes selecionadas
pela Fundação Procafé em comparação com uma cultivar tradicional. O experimento
foi instalado em janeiro de 2008 e está na terceira produção. Também será
mostrada a tecnologia usada para a produção das mudas clonais por meio de
biofábricas.
Entre o público
alvo do evento estão cafeicultores, consultores, técnicos, estudantes e demais
interessados pelo agronegócio café. Estarão presentes também 30 empresas
representantes da cadeia produtiva do café com estandes montados para a
divulgação de seus produtos e serviços. É esperada a participação de cerca de
1.500 pessoas a cada dia.
As pesquisas do
Consórcio Pesquisa Café contam com o apoio e o financiamento do Fundo de Defesa
da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento – Mapa.
Para mais
informações sobre o dia de campo, entrar em contato pelo telefone: (35)
3214-1411 ou pelo e-mail administrativo@fundacaoprocafe.com.br .
Gerência de
Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Texto: Flávia Bessa – MTb 4469/DF
Fone: (61) 3448-1927
Texto: Flávia Bessa – MTb 4469/DF
Fone: (61) 3448-1927
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