O Instituto Estadual de Recursos Hídricos (Iema) iniciou o plantio de mudas de espécies nativas daMata Atlântica nas dunas do Parque Estadual de Itaúnas, em Conceição da Barra. A ação faz parte dasegunda fase do processo de restauração da vegetação no local, que teve inicio no dia 11 de junho.
O projeto tem o objetivo de restaurar a vegetação de restinga, destruída após o incêndio ocorrido em 2007. A estimativa é que aproximadamente 1,5 hectare sejam recuperados, assim como ocorreu naprimeira etapa.
Durante o processo, serão utilizadas algumas técnicas que irão auxiliar na restauração, como a cercaquebra-vento e a plantação de exemplares de capim Vetiveria zizanioides, para reduzir a ação do ventosobre as mudas. Também será utilizado o polímero de acrilamida (hidrogel) e cocos secos, queajudam na absorção da água, evitando o impacto causado na vegetação pelo excesso de sol.
Os recursos necessários para a restauração, como mão de obra, material para construção da cerca einsumos, são provenientes da conversão de multas e de condicionantes ambientais de licençasemitidas pelo Iema. A área que será restaurada receberá monitoramento por dois anos.
Histórico
A devastação da restinga ao longo dos anos fez com que a areia invadisse regiões como a Antiga Vila de Itaúnas, hoje soterrada. Atualmente, parte das dunas tem avançado sobre a estrada de terra localizada no interior da unidade. A vegetação de restinga também foi impactada com o incêndio ocorrido no Parque de Itaúnas em 2007.
Por isso, no final de 2008 o Iema elaborou um projeto para conduzir a regeneração natural da restinga e, consequentemente, reduzir o avanço da areia.
Foram necessários três anos para recuperar uma área de 1,5 hectares. Desse total, 75% da vegetação sobreviveram. Em 2011, o projeto foi apresentado na cidade de Mérida, no México, durante o 4º Congresso Mundial sobre Restauração Ecológica.
A bióloga do Iema, Schirley Costalonga, participou do evento e disse que representantes de outros países se interessaram pelas técnicas empregadas pelos analistas do Iema. “Os iranianos e afegãos, por exemplo, convivem com o mesmo problema. Eles se interessaram bastante pelas técnicas utilizadas para restauração”, conta.
Informações à Imprensa: Assessoria de Comunicação Seama/Iema Leila Oliveira – (27) 3636-2591 / 9844 4831 Amanda Amaral (27) 3636-2591 / 9977-1012 Texto: Vil Rangel meioambiente.es@gmail.com
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