A pesquisa analisou dados da Prova Brasil, do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e as taxas de aprovação, reprovação e abandono escolar; estudo também constatou que o indicador socioeconômico da escola é um fator decisivo para o desempenho
Um estudo desenvolvido na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP (FEA-RP/USP) mostrou que os alunos das escolas de municípios rurais do Estado de São Paulo apresentaram melhor desempenho e taxas de aprovação, reprovação e abandono em relação aos estudantes dos municípios urbanos. O trabalho analisou os indicadores de desempenho, abandono e perfil socioeconômico das escolas localizadas em municípios com características rurais e urbanas no Estado de São Paulo.
Intitulada "Relação entre perfil socioeconômico, desempenho escolar e evasão de alunos: Escolas do Campo e Municípios Rurais no Estado de São Paulo", a pesquisa foi desenvolvida dentro do Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações e orientada pela professora Claudia Souza Passador.
O estudo analisou os dados da Prova Brasil (nas edições de 2007 e 2009), Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) também de 2007 e 2009 e as taxas de aprovação, reprovação e abandono escolar. A pesquisa ainda comparou os resultados das escolas das áreas urbana e rural de acordo com dois critérios de ruralidade, sendo eles: a classificação do IBGE e a classificação de Veiga.
Baseado na Tipologia de Veiga, que classifica os municípios de acordo com a população, densidade demográfica e proximidade com centros urbanos, o resultado da pesquisa mostrou que os alunos das escolas de municípios rurais estão à frente dos estudantes dos municípios urbanos. Já ao comparar os indicadores da Prova Brasil e do IDEB baseados na caracterização do IBGE, que trata-se de um critério mais administrativo, classificando como urbano as sedes de município e estabelecendo limites geográficos entre a área urbana e rural, as escolas urbanas apresentam melhores resultados do que as rurais em relação ao desempenho na Prova Brasil.
"O IBGE diz, por exemplo, que uma localização onde vivem dois mil habitantes já pode ser considerada um município urbano", afirma a autora da pesquisa, Carla Baraldi Artoni. Segundo ela, a Tipologia de Veiga leva em consideração o tamanho populacional do município e sua densidade demográfica. "Quando fazemos a comparação dos dados baseados na Tipologia de Veiga, o resultado é mais equilibrado porque a quantidade de municípios rurais é maior", explica Carla.
Indicador socioeconômico
A pesquisa mostrou também que o indicador socioeconômico da escola é um fator decisivo para o desempenho dos alunos, pois os dados demonstram que independente de ser rural ou urbano, o maior nível socioeconômico dos alunos é relacionado diretamente com seu melhor desempenho. "Além disso, os indicadores de desempenho escolar dos municípios rurais, de acordo com a Tipologia de Veiga, enaltecem as escolas de pequenas cidades em relação aos centros urbanos", diz a pesquisadora. Ela afirma ainda que pode-se deduzir que a participação dos pais na educação dos filhos, facilitada nos municípios de menor porte e nas famílias com maior indicador socioeconômico, resulta no melhor desempenho escolar dos alunos.
Atendimento à imprensa:
Daniel Navarro - Fone: (16) 3931-1313 / 9223-1517
Verônica Lopes - Fone: (16) 3602-0505
www.twitter.com/fearp_usp
Um estudo desenvolvido na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP (FEA-RP/USP) mostrou que os alunos das escolas de municípios rurais do Estado de São Paulo apresentaram melhor desempenho e taxas de aprovação, reprovação e abandono em relação aos estudantes dos municípios urbanos. O trabalho analisou os indicadores de desempenho, abandono e perfil socioeconômico das escolas localizadas em municípios com características rurais e urbanas no Estado de São Paulo.
Intitulada "Relação entre perfil socioeconômico, desempenho escolar e evasão de alunos: Escolas do Campo e Municípios Rurais no Estado de São Paulo", a pesquisa foi desenvolvida dentro do Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações e orientada pela professora Claudia Souza Passador.
O estudo analisou os dados da Prova Brasil (nas edições de 2007 e 2009), Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) também de 2007 e 2009 e as taxas de aprovação, reprovação e abandono escolar. A pesquisa ainda comparou os resultados das escolas das áreas urbana e rural de acordo com dois critérios de ruralidade, sendo eles: a classificação do IBGE e a classificação de Veiga.
Baseado na Tipologia de Veiga, que classifica os municípios de acordo com a população, densidade demográfica e proximidade com centros urbanos, o resultado da pesquisa mostrou que os alunos das escolas de municípios rurais estão à frente dos estudantes dos municípios urbanos. Já ao comparar os indicadores da Prova Brasil e do IDEB baseados na caracterização do IBGE, que trata-se de um critério mais administrativo, classificando como urbano as sedes de município e estabelecendo limites geográficos entre a área urbana e rural, as escolas urbanas apresentam melhores resultados do que as rurais em relação ao desempenho na Prova Brasil.
"O IBGE diz, por exemplo, que uma localização onde vivem dois mil habitantes já pode ser considerada um município urbano", afirma a autora da pesquisa, Carla Baraldi Artoni. Segundo ela, a Tipologia de Veiga leva em consideração o tamanho populacional do município e sua densidade demográfica. "Quando fazemos a comparação dos dados baseados na Tipologia de Veiga, o resultado é mais equilibrado porque a quantidade de municípios rurais é maior", explica Carla.
Indicador socioeconômico
A pesquisa mostrou também que o indicador socioeconômico da escola é um fator decisivo para o desempenho dos alunos, pois os dados demonstram que independente de ser rural ou urbano, o maior nível socioeconômico dos alunos é relacionado diretamente com seu melhor desempenho. "Além disso, os indicadores de desempenho escolar dos municípios rurais, de acordo com a Tipologia de Veiga, enaltecem as escolas de pequenas cidades em relação aos centros urbanos", diz a pesquisadora. Ela afirma ainda que pode-se deduzir que a participação dos pais na educação dos filhos, facilitada nos municípios de menor porte e nas famílias com maior indicador socioeconômico, resulta no melhor desempenho escolar dos alunos.
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