Desde 2010, aproximadamente 270 templos foram confiscados ou vendidos. Muitas vezes, são comprados por outras igrejas, interessadas em oferecer seus serviços à comunidade local
A agência de notícias Reuters revelou nesta sexta-feira (9) que desde 2010 os bancos norte-americanos já confiscaram e venderam cerca de 270 igrejas, sendo que 90% foram fechadas por inadimplência. Antes da crise de 2008, muitos ministérios dos Estados Unidos tomaram empréstimos para comprar templos religiosos, as instituições cobravam juros agressivos que ajudaram a aumentar a dívida dessas instituições.
Outro fator determinante para a falência de tantas igrejas é fato delas serem consideradas como empresas comerciais, e por isso, o prazo para pagamento do empréstimo é menor. Enquanto residências podem quitar suas dívidas em até trinta anos, as empresas têm apenas cinco para pagar a dívida total do imóvel.
Essas igrejas se endividaram, pois com a crise econômica muitos fiéis perderam o emprego e as doações de dízimos e ofertas diminuíram, dessa forma as denominação não conseguiram honrar o compromisso de pagamento e por isso precisaram ser fechadas.
A Reuters afirma que a crise gerou impactos em todas as denominações, mas que as igrejas de pequeno e médio porte sofreram mais. Os templos que pertenciam a uma igreja acabam sendo comprados por outras igrejas não mudando muito para a comunidade local que poderá continuar congregando, mas em outra denominação.
Para não aparentar avareza em relação as instituições religiosas os bancos deixaram os templos por últimos na lista para confiscarem seus imóveis. Foram 24 denominações vendidas em 2008 e só em 2011 outras 138 também foram confiscadas.
Leia também:
- Nos EUA, contra os aviões da morte
- As vacas magras dos trabalhadores nos EUA
- “Nos EUA, é hora de uma nova esquerda”
- Educação: onde os EUA ainda são capazes de inovar
- Prêmio para Mídia Livre: até dia 12!
- Krugman: por que a resposta à crise está errada
- Os EUA flertam com o fundamentalismo egípcio
- EUA: Islamofobia se transmite pela TV
- EUA: Sindicatos e Occupy começam a unir forças
- No The Guardian, a guerra suja dos EUA
Nenhum comentário:
Postar um comentário