Durante a realização da Conferencia Internacional do Coffea Cabephora, leia-se café conilon, ficou evidente que a modéstia do pessoal que fez o conilon ser a principal riqueza capixaba é uma realidade e um fato concreto.
De um trabalho duro e sempre cheio de críticas e até mesmo a odiosa mania de puxar o tapete e a sustentação de quem está trabalhando, chegamos a quase 10 milhões de sacas neste ano no nosso território e passando de 12 milhões no Brasil. É bom lembrar e recordar que a base genética do conilon de todo Brasil tem sua origem no trabalho de pesquisa feito em terras capixabas. Se o grão do café pudesse receber um carimbo, certamente a marca ORIGEM CAPIXABA iria cobrir toda produção brasileira.
Foram os clones aqui pesquisados e trabalhados durante anos e anos que geraram a possibilidade do conilon estar hoje dentro dos pacotes de café torrado e moído nas gondolas do super mercado, na mercearia e na xicaras da cafeteria e nas casas das famílias por este país afora. Foi na estação experimental do Incaper de Marilandia, que grande parte da história começou e ganhou o Mundo.
Na grandeza e na dimensão da caminhada do conilon temos de creditar os passos feitos por muitos, que agora fazem parte da História, Ele tem ser tratado como um tesouro que deve ser trabalhado para se ter continuidade. Deve ser visto como um capital valioso e ser bem aplicado, para não passar como um fato normal e sem importância.
Agora temos de ter a visão de Jeronimo de Souza Monteiro, um governador que há 100 anos conseguiu enxergar além do seu tempo ao trazer as mudas e sementes do o conilon.
Quando Jeronimo colocou o conilon a disposição dos agricultores capixabas, fez dois pedidos básicos:
- que os beneficiários informassem o desenvolvimento das lavouras ao Governo, princípio que norteia nos nossos dias a verdadeira pesquisa agrícola, técnico e produtor lado a lado. A Ciencia e a prática.
- Que nas primeiras colheitas distribuísse aos demais produtores sementes para a formação de novas lavouras. Uma ação onde o bem público é visto como um patrimônio coletivo e de todos os interessados.
Governador Casagrande, em tuas mãos a possibilidade concreta de dar sequencia ao ato político de Jeronimo Monteiro e ação concreta do trabalho dos pesquisadores que colocaram o conilon como provedor da sobrevivência econômica e social de milhares de capixabas e brasileiros. Outra oportunidade somente daqui a 100 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário