Durante a
solenidade de premiação do IX Concurso Conilon de Excelencia Coabriel, o
presidente nacional da Organização das Cooperativas do Brasil, Márcio Lopes de
Freitas deixou uma sugestão interessante
para a classe produtora de café do Estado.
-O Brasil
vende o café como matéria prima há 150 anos, mas o cooperativismo tem de mudar
esta situação. O Espírito Santo poderia ser uma plataforma de blends para todo
Mundo e para todo Brasil, principalmente
para a região Nordeste, vocês que estão perto dela. Poderão fazer o que muitos países fazem, não
produzem café mais atuam no seu processamento e ganham muitas vezes o lucro que
nós brasileiros obtemos. As grandes empresas importadoras levam o nosso café e
depois volta com ele custando três dólares a chícara.
O presidente
da OCB destacou que a Cooabriel, que é maior e a mais importante cooperativa de
café conilon do Brasil e do Mundo,
“neste ano já movimentou 980 mil sacas de café, tem peso no comércio e na
garantia de continuidade da atividade para 3.300 produtores”.
Lembrou que é
preciso avançar na cadeia produtiva, indo mais adiante da comercialização, mas
“só não vamos fazer nada. Na cooperativa o compromisso do associados é vital
para o seu prosseguimento”.
Citou ainda
que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) “tem no
setor que cuida desta ação para financiamento, um capixaba de grande valor e
que certamente vai estar ao lado de vocês, que é o Guilherme Lacerda.’
Citando a
importância do Cooperativismo, Márcio Lopes de Freitas lembrou que toda crise
econômica que o Mundo vive tem a sua base na falta de confiança das pessoas nas
instituições. Grandes bancos faliram nos Estados Unidos, mas o cooperativismo
segue normalmente, tem a confiança dos produtores não tem crise. Lá na crise de 2008 os bancos
diminuíram 6% e as cooperativas cresceram 26%. Aqui no Brasil a Cooperativa
Aurora ficou firme com seus associados, não parou. Mas grandes empresas
abandonaram os seus fornecedores.
Finalizando o
seu pronunciamento, Márcio Lopes de Faria disse que é necessário evoluir e
modernizar, “porque a nova geração do cooperativismo quer coisas novas. O
cooperativismo de crédito no Brasil vai crescer neste ano 25%, que é um número
expressivo, mas aqui no Espírito Santo vai bem mais além, fruto da confiança,
compromisso e solidariedade existe entre os produtores capixabas. Está posto o
desafio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário