Apesar do dólar mais caro, os brasileiros estão viajando mais para o exterior, as importações subiram e as empresas estrangeiras instaladas no Brasil aceleraram as remessas de lucros e dividendos como nunca.
SHEILA D'AMORIM
SHEILA D'AMORIM
Essa combinação de vários gastos em alta levaram ao maior deficit histórico na transações do país com o resto do mundo para o mês de outubro: US$ 5,3 bilhões.
Para o BC, até junho houve moderação nas despesas de brasileiros lá fora. Isso mudou com um câmbio médio a R$ 2,03 entre julho e outubro. "Enquanto houve desvalorização do real, a conta de viagens teve resultado mais baixo", disse Rocha.
Em outubro, os gastos dos brasileiros no exterior passaram dos US$ 2 bilhões, e a expectativa do BC é de aumento da despesa nos próximos meses. As remessas de lucro e dividendos também subiram, alcançando US$ 2,4 bilhões, recorde para outubro.
Em outubro, ingressaram no país US$ 7,7 bilhões, recorde para o mês. No ano, são US$ 55,3 bilhões, o que, para o BC, é um indicador de que a projeção de US$ 60 bilhões será ultrapassada.
"É uma clara demonstração da confiança dos investidores no potencial da economia brasileira, nas perspectivas da economia brasileira", afirmou o presidente do BC, Alexandre Tombini, ao comentar os investimentos em audiência no Congresso.
Segundo ele, o Brasil é a quarta região do mundo que mais recebe esses recursos.
Em novembro, porém, ingressaram no país só US$ 1 bilhão em investimento direto, até o início desta semana. Para Rocha, o mês deverá encerrar com US$ 3 bilhões.
Colaborou MARIANA SCHREIBER, de Brasília
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