Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
O Comitê Argentino de Solidariedade com Haiti reuniu integrantes da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) Capital no último sábado (23), para debaterem na oficina de atualização pela retirada das tropas da Missão de Estabilização das Nações Unidas em Haiti (MINUSTAH) do território haitiano. O objetivo do encontro foi consolidar uma equipe que se dedique a assumir a continuidade do tema em suas respectivas organizações e para a sociedade argentina em geral.Para entender a situação atual pela qual sofre o país, os debatedores dividiram a oficina em partes. Na primeira, fizeram uma análise histórica onde consideraram a Revolução Haitiana, que em 1804 foi a primeira revolução independente da América Latina. No entanto, a interrupção da revolução e o momento de hostilidade global na época teriam prejudicado o desenvolvimento político do país. Esses pontos, portanto, seriam ‘chaves’ para a alternativa política no Haiti, conforme explicou o integrante do Comitê Democrático Haitiano, Henry Boirsolin. Ele também afirmou que devido a esse contexto, o "Haiti continuará necessitando da solidariedade 'técnica' de outros países contanto que não tenha a 'solidariedade política'”.
Em seguida foram analisadas as políticas dos governos da América Latina e Caribe e a presença, o papel e as consequências da MINUSTAH, questionando quais interesses existem por trás desta ocupação. De acordo com a CTA, a população haitiana serve de mão de obra de baixo custo para os Estados Unidos, que também se beneficiariam da proximidade do Haiti com Cuba, já que o governo estadunidense mantém um bloqueio econômico com a ilha cubana.
A CTA considera que o fato de organizações estrangeiras decidirem o que os haitianos precisam significa a existência de uma ‘ideologia racista e subestimação profunda do povo haitiano’. "Em primeiro lugar, é inaceitável, por ser uma brutal violação aos direitos soberanos do povo haitiano, que as referidas tropas intervenham na vida interna deste país. A desinformação existente assinalando que são tropas de paz e que tem uma missão humanitária é desmentida diariamente com os abusos sobre os habitantes deste povo”, explicou Fernando Pita, integrante da mesa da CTA Capital, quem também comentou que a MINUSTAH cumpre a função ‘nada humanitária’ de reprimir os protestos sociais, negando o direito de a população reivindicar.
Por fim, foram apresentadas propostas para a construção de uma solidariedade permanente com o povo haitiano priorizando a segurança alimentar, a retirada imediata da MINUSTAH, a renúncia do presidente Michel Martelly e o julgamento do ex-ditador Jean-Claude Duvalier, também conhecido como Baby Doc.
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Em seguida foram analisadas as políticas dos governos da América Latina e Caribe e a presença, o papel e as consequências da MINUSTAH, questionando quais interesses existem por trás desta ocupação. De acordo com a CTA, a população haitiana serve de mão de obra de baixo custo para os Estados Unidos, que também se beneficiariam da proximidade do Haiti com Cuba, já que o governo estadunidense mantém um bloqueio econômico com a ilha cubana.
A CTA considera que o fato de organizações estrangeiras decidirem o que os haitianos precisam significa a existência de uma ‘ideologia racista e subestimação profunda do povo haitiano’. "Em primeiro lugar, é inaceitável, por ser uma brutal violação aos direitos soberanos do povo haitiano, que as referidas tropas intervenham na vida interna deste país. A desinformação existente assinalando que são tropas de paz e que tem uma missão humanitária é desmentida diariamente com os abusos sobre os habitantes deste povo”, explicou Fernando Pita, integrante da mesa da CTA Capital, quem também comentou que a MINUSTAH cumpre a função ‘nada humanitária’ de reprimir os protestos sociais, negando o direito de a população reivindicar.
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