Chipre: Bancos abrem com saques limitados a 300 euros
Os bancos de Chipre reabriram nesta quinta (28) após quase duas semanas fechados. Os saques foram limitados a 300 euros e os cheques não serão descontados. Os cipriotas que saiam do país só poderão levar um máximo de 3.000 euros. Apesar do encerramento dos bancos, tem havido grande fuga de capitais. Tsipras apela a um referendo sobre o resgate.
Esquerda.net
Nesta quinta-feira, reabriram às 12 horas locais os bancos de Chipre, que estavam fechados desde o dia 16 de março. O Chipre é o primeiro caso de um país do euro suprime a plena liberdade de circulação de capitais, e as medidas restritivas irão continuar.
Para a reabertura dos bancos, o Banco Central Europeu enviou cinco mil milhões de euros em notas e moedas, que foram transportados na noite desta quarta-feira (27), do aeroporto de Larnaca para o banco central cipriota em Nicósia.
Foi também imposto um conjunto de medidas restritivas à circulação monetária e às transferências de capitais.
Quando os bancos reabrirem haverá uma limitação dos levantamentos a 300 euros, que durará no mínimo quatro dias. Os cheques não poderão ser levantados, mas poderão ser usados como meio de pagamento. Os depósitos a prazo só poderão ser resgatados no final da respetiva maturidade.
Na saída do país, os cipriotas poderão levar consigo um máximo de três mil euros e a partir do estrangeiro só poderão levantar até cinco mil euros, por pessoa e por mês. As transferências de cipriotas para outros cipriotas que estejam a estudar no estrangeiro são limitadas a 10.000 euros por trimestre.
Nesta quarta-feira, Alexis Tsipras apelou a um referendo no Chipre sobre o resgate. "O povo cipriota e os povos da Europa devem ter a palavra final na escolha do seu futuro", disse o líder do partido Syriza da Grécia.
Fuga de capitais
Apesar do encerramento dos bancos desde o dia 16 de março, dos levantamentos limitados no multibanco e das limitações às transferências com o exterior, terá havido grande fuga de capitais, neste período.
Segundo a agência Reuters, confirmada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros cipriota, "várias centenas de milhões de euros" terão sido transferidos de contas no Chipre para outros países. Os movimentos terão sido detetados pelo Eurossistema e poderão ter sido efetuados através de sucursais de bancos cipriotas no estrangeiro. Os movimentos terão sido feitos como transferência de fundos destinados a "produtos humanitários, medicamentos e combustível de aviação", as exceções permitidas pelo BCE, e foram autorizadas pelo banco central de Chipre.
A fuga de capitais terá sido para vários países, nomeadamente para a Suíça.
O regulador suíço (FNIM) confirma que não levantou entraves a entrada de capitais provenientes de Chipre: "Atualmente, não temos quaisquer exigências especiais sobre Chipre ou qualquer outro país para além das regras gerais sobre os fundos que os bancos suíços estão autorizados a aceitar", disse à Reuters Patrick Raaflaub, chefe da FINM.
Para a reabertura dos bancos, o Banco Central Europeu enviou cinco mil milhões de euros em notas e moedas, que foram transportados na noite desta quarta-feira (27), do aeroporto de Larnaca para o banco central cipriota em Nicósia.
Foi também imposto um conjunto de medidas restritivas à circulação monetária e às transferências de capitais.
Quando os bancos reabrirem haverá uma limitação dos levantamentos a 300 euros, que durará no mínimo quatro dias. Os cheques não poderão ser levantados, mas poderão ser usados como meio de pagamento. Os depósitos a prazo só poderão ser resgatados no final da respetiva maturidade.
Na saída do país, os cipriotas poderão levar consigo um máximo de três mil euros e a partir do estrangeiro só poderão levantar até cinco mil euros, por pessoa e por mês. As transferências de cipriotas para outros cipriotas que estejam a estudar no estrangeiro são limitadas a 10.000 euros por trimestre.
Nesta quarta-feira, Alexis Tsipras apelou a um referendo no Chipre sobre o resgate. "O povo cipriota e os povos da Europa devem ter a palavra final na escolha do seu futuro", disse o líder do partido Syriza da Grécia.
Fuga de capitais
Apesar do encerramento dos bancos desde o dia 16 de março, dos levantamentos limitados no multibanco e das limitações às transferências com o exterior, terá havido grande fuga de capitais, neste período.
Segundo a agência Reuters, confirmada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros cipriota, "várias centenas de milhões de euros" terão sido transferidos de contas no Chipre para outros países. Os movimentos terão sido detetados pelo Eurossistema e poderão ter sido efetuados através de sucursais de bancos cipriotas no estrangeiro. Os movimentos terão sido feitos como transferência de fundos destinados a "produtos humanitários, medicamentos e combustível de aviação", as exceções permitidas pelo BCE, e foram autorizadas pelo banco central de Chipre.
A fuga de capitais terá sido para vários países, nomeadamente para a Suíça.
O regulador suíço (FNIM) confirma que não levantou entraves a entrada de capitais provenientes de Chipre: "Atualmente, não temos quaisquer exigências especiais sobre Chipre ou qualquer outro país para além das regras gerais sobre os fundos que os bancos suíços estão autorizados a aceitar", disse à Reuters Patrick Raaflaub, chefe da FINM.
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