A data, comemorada em 25 de março, foi marcada por uma cerimônia promovida pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira no Esporte Clube Sírio, em São Paulo. Leia trechos do discurso de homenagem do presidente da Câmara Árabe, Marcelo Sallum, à comunidade e ao vice-presidente da República, Michel Temer, a Personalidade Câmara Árabe de 2013.
"Hoje celebramos o Dia Nacional da Comunidade Árabe, data que passou a integrar o Calendário Oficial Brasileiro, nos termos da Lei 11.764 de 25 de Agosto de 2008, de iniciativa do saudoso Senador Romeu Tuma.
Uma justa homenagem àqueles que deixaram sua pátria mãe para arriscar a sorte numa terra totalmente desconhecida e, com muito trabalho e espírito empreendedor, ajudaram a escrever a história do Brasil.
A presença árabe no Brasil remonta a época das grandes navegações. As primeiras caravelas que aqui atracaram trouxeram o conhecimento árabe adquirido ao longo de oito séculos de presença na península Ibérica. A influência na língua, na matemática, na música, nas técnicas agrícolas, na culinária, na medicina, na arquitetura e na astrologia se vê presente até os dias de hoje.
Para se ter uma rápida idéia, das cerca de 3.200 palavras que compunham o português primitivo, aproximadamente 800 eram de origem árabe.
Os árabes também foram responsáveis pela introdução na Europa dos algarismos decimais em substituição aos romanos; das técnicas avançadas de irrigação aprendidas nos solos desérticos; do uso dos moinhos movidos a força da água (também conhecidos como azenhas – palavra de origem árabe) elementos essenciais nos primeiros ciclos econômicos do Brasil e da difusão do café, transformando o café brasileiro num dos melhores cafés arábicos do mundo e o Brasil no maior exportador.
Na música, o alaúde é o pai do bandolim e do cavaquinho, e o adufe do pandeiro.
Acredita-se que a presença árabe em solo brasileiro tenha ocorrido muito antes, porém o primeiro registro oficial data de 1874 e refere-se a entrada dos irmãos palestinos da família Zacarias no porto do Rio de Janeiro.
D. Pedro II em sua visita a Beirute e Damasco soube encantar nossos antepassados e, à partir do século XIX, deu-se início a chegada de imigrantes árabes, sobretudo de sírios e libaneses.
Inicialmente, com planos de acumular riqueza e retornar aos seus países, encontraram num Brasil em formação e repleto de oportunidades, o ambiente ideal para desenvolvimento de um novo arabismo.
Estes imigrantes que começaram suas jornadas como mascates, carregando a “lojinha” nas costas, do sul ao norte do Brasil, logo abriram seus primeiros negócios, que por sua vez abasteciam seus conterrâneos recém chegados, que eram introduzidos na arte de mascatear, criando um círculo virtuoso sem precedentes na história do Brasil.
Do comércio, alguns seguiram para a indústria, chegando a deter em meados dos anos 50, aproximadamente 30% das fábricas paulistas de fiação e tecelagem.
Comerciantes e industriais bem sucedidos, o passo seguinte foi dar aos filhos a oportunidade de ingresso numa faculdade, completando assim o processo de integração com a sociedade.
Imbuídos do mesmo espírito de luta e dedicação de seus pais, tornaram-se profissionais de destaque nos campos da medicina, engenharia, arquitetura, advocacia, literatura, artes plásticas, música, economia, finanças, comunicação, marketing e na política.
Em matéria publicada pela revista Veja, no início desta década, 8% dos parlamentares do congresso nacional, 21% dos deputados estaduais do Mato Grosso do Sul, 30% dos vereadores de Campo Grande e 20% dos vereadores paulistas eram de origem árabe.
Uma justa homenagem àqueles que deixaram sua pátria mãe para arriscar a sorte numa terra totalmente desconhecida e, com muito trabalho e espírito empreendedor, ajudaram a escrever a história do Brasil.
A presença árabe no Brasil remonta a época das grandes navegações. As primeiras caravelas que aqui atracaram trouxeram o conhecimento árabe adquirido ao longo de oito séculos de presença na península Ibérica. A influência na língua, na matemática, na música, nas técnicas agrícolas, na culinária, na medicina, na arquitetura e na astrologia se vê presente até os dias de hoje.
Para se ter uma rápida idéia, das cerca de 3.200 palavras que compunham o português primitivo, aproximadamente 800 eram de origem árabe.
Os árabes também foram responsáveis pela introdução na Europa dos algarismos decimais em substituição aos romanos; das técnicas avançadas de irrigação aprendidas nos solos desérticos; do uso dos moinhos movidos a força da água (também conhecidos como azenhas – palavra de origem árabe) elementos essenciais nos primeiros ciclos econômicos do Brasil e da difusão do café, transformando o café brasileiro num dos melhores cafés arábicos do mundo e o Brasil no maior exportador.
Na música, o alaúde é o pai do bandolim e do cavaquinho, e o adufe do pandeiro.
Acredita-se que a presença árabe em solo brasileiro tenha ocorrido muito antes, porém o primeiro registro oficial data de 1874 e refere-se a entrada dos irmãos palestinos da família Zacarias no porto do Rio de Janeiro.
D. Pedro II em sua visita a Beirute e Damasco soube encantar nossos antepassados e, à partir do século XIX, deu-se início a chegada de imigrantes árabes, sobretudo de sírios e libaneses.
Inicialmente, com planos de acumular riqueza e retornar aos seus países, encontraram num Brasil em formação e repleto de oportunidades, o ambiente ideal para desenvolvimento de um novo arabismo.
Estes imigrantes que começaram suas jornadas como mascates, carregando a “lojinha” nas costas, do sul ao norte do Brasil, logo abriram seus primeiros negócios, que por sua vez abasteciam seus conterrâneos recém chegados, que eram introduzidos na arte de mascatear, criando um círculo virtuoso sem precedentes na história do Brasil.
Do comércio, alguns seguiram para a indústria, chegando a deter em meados dos anos 50, aproximadamente 30% das fábricas paulistas de fiação e tecelagem.
Comerciantes e industriais bem sucedidos, o passo seguinte foi dar aos filhos a oportunidade de ingresso numa faculdade, completando assim o processo de integração com a sociedade.
Imbuídos do mesmo espírito de luta e dedicação de seus pais, tornaram-se profissionais de destaque nos campos da medicina, engenharia, arquitetura, advocacia, literatura, artes plásticas, música, economia, finanças, comunicação, marketing e na política.
Em matéria publicada pela revista Veja, no início desta década, 8% dos parlamentares do congresso nacional, 21% dos deputados estaduais do Mato Grosso do Sul, 30% dos vereadores de Campo Grande e 20% dos vereadores paulistas eram de origem árabe.
Só para citar alguns, os dois últimos prefeitos de São Paulo são de origem árabe, bem como, temos um estimado patrício ocupando a cadeira da Vice Presidência da República.
“Inshallah”, futuramente nos orgulharemos de ter um presidente.
Hoje o número de descendentes árabes que vivem no Brasil supera a marca de 12 milhões, o equivalente a população de São Paulo, o que torna o Brasil a 9ª. maior concentração de árabes no mundo.
Uma nação dentro de uma nação. Brasileiros sim, com coração árabe.
Ao voltarmos os olhos a esta saga, nos vemos na obrigação de dividir com os nossos filhos e a sociedade, nosso entusiasmo e admiração a inegável contribuição da nossa coletividade ao desenvolvimento do Brasil e é por isto que a Câmara de Comércio Árabe Brasileira vem realizando ao longo dos últimos anos, no dia da Comunidade Árabe no Brasil uma justa homenagem às personalidades que dignificam nossa comunidade.
Hoje temos a honra de homenagear o Exmo Sr. Michel Temer, vice presidente da República Federativa do Brasil, com o Gran Colar, o mais alto grau da ordem do mérito da Câmara de Comercio Árabe Brasileira...."
Hoje o número de descendentes árabes que vivem no Brasil supera a marca de 12 milhões, o equivalente a população de São Paulo, o que torna o Brasil a 9ª. maior concentração de árabes no mundo.
Uma nação dentro de uma nação. Brasileiros sim, com coração árabe.
Ao voltarmos os olhos a esta saga, nos vemos na obrigação de dividir com os nossos filhos e a sociedade, nosso entusiasmo e admiração a inegável contribuição da nossa coletividade ao desenvolvimento do Brasil e é por isto que a Câmara de Comércio Árabe Brasileira vem realizando ao longo dos últimos anos, no dia da Comunidade Árabe no Brasil uma justa homenagem às personalidades que dignificam nossa comunidade.
Hoje temos a honra de homenagear o Exmo Sr. Michel Temer, vice presidente da República Federativa do Brasil, com o Gran Colar, o mais alto grau da ordem do mérito da Câmara de Comercio Árabe Brasileira...."
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