06.03.13 - Venezuela
Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
Nascido em 28 de julho de 1954 em Barinas, Hugo Rafael Chávez Frías iniciou sua formação militar em 1971, onde após quatro anos de estudo, graduou-se como subtenente, também licenciado em Ciências e Artes Militares. Fez cursos de comunicação, de Meio de Blindados do Exército, onde se destacou, também cursou o Avançado de Blindados, participou do curso Internacional de Guerras Políticas na Guatemala e no início dos anos 90 estudou no Curso de Comando e Estado Maior na Escola Superior do Exército. Seguindo a carreira militar na Força Armada Nacional, alcançou o grau de tenente-coronel em 1990.
Durante seus estudos – ele também se pós-graduou em Ciências Políticas-, Chávez descobriu sua inquietude política e viu em Simón Bolívar, que defendia uma América unida, um ideal a ser seguido. Era o início de sua trajetória na política.
Em 1982, junto a outros oficiais militares, ele fundou o Movimento Bolivariano Revolucionário 200 (MBR200), em um momento em que a Venezuela enfrentava uma crise sócio-política e econômica com o esgotamento do modelo neoliberal instruído pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), e que mais tarde, em fevereiro de 1989, eclodiu na série de protestos populares contra o governo de Carlos Andrés Pérez, conhecidos como ‘El Caracazo’.
El Caracazo marca o início da Revolução Bolivariana, encabeçada por Hugo Chávez em fevereiro de 1992, quando ele liderou uma rebelião cívico-militar, contra o mesmo governo de Carlos Andrés Pérez. Fracassando em sua tentativa de atingir o governo, Hugo Chávez assumiu publicamente a responsabilidade pela ação e pagou a pena passando dois anos na prisão.
Quando foi libertado, o revolucionário bolivariano funda o Movimento V República e começa a se articular por todo o país com o objetivo de alcançar a refundação do Estado e recuperar a soberania popular e nacional, através da transformação social.
Cativando a maioria da população, Hugo Chávez chegou ao poder em 1998, quando venceu sua primeira eleição presidencial com mais de 56% dos votos. Em 1999, convocou um referendum para executar a reforma da Constituição Nacional que datava de 1961, ato que teve expressivo apoio da população. No ano 2000, cumprindo o estabelecido na nova Constituição, Chávez se candidata para novas eleições gerais onde vence com quase 60% dos votos.
A Lei de Hidrocarbonetos em 2001 que propunha recuperar os recursos derivados do petróleo atingiu diretamente os setores que contavam com o apoio dos Estados Unidos. Em consequência desta e de outras medidas pela independência e soberania do país, o governo bolivariano de Hugo Chávez sofreu um breve golpe de Estado em abril de 2002, que durou 47 horas, quando militares prenderam ilegalmente o mandatário, dissolveram a Assembleia Nacional e o Supremo Tribunal e anularam a Constituição de 1999.
Na ocasião, Pedro Carmona, então presidente da Federação Venezuelana de Câmaras de Comércio foi instalado como presidente interino do país, e imediatamente, setores chavistas realizaram um levante pela volta do líder eleito pelo povo. A falta de apoio a Carmona derrubou o "presidente de fato” de forma mais rápido que sua chegada ao poder, e reinstalou Chávez ao seu lugar de comandante da Venezuela.
Superando a greve do setor petroleiro entre 2003 e 2004, o apoio popular consultado por meio de mais um referendum, confirmou em 2004, que o ‘presidente do povo’, Hugo Chávez, deveria continuar no comando do país.
Em 2006, Chávez foi reeleito presidente com 62,84% dos votos nas eleições nacionais. Em 2007, um novo referendum para outra reforma da Constituição Nacional foi rejeitado por pouco mais da metade da população venezuelana. Insistindo na modificação da emenda para permitir a reeleição indefinida, um novo referendum foi convocado em 2009, no qual o "sim” obteve a maioria dos votos. Nas últimas eleições presidenciais, em outubro de 2012, Hugo Chávez foi reeleito com 55,14% dos votos, para mais um mandato de seis anos.
Soberania da Venezuela e Integração Latino-americana
Lutando pela soberania da Venezuela, o governo de Hugo Chávez foi marcado por atividades econômicas sustentadas em políticas sociais dirigidas aos mais pobres e excluídos, de acordo com os objetivos do Projeto Nacional Simón Bolívar, destacando assim a recuperação e o desenvolvimento social do país.
O presidente Hugo Chávez, quem também defendia a integração da América Latina, foi o impulsor da criação de entidades como União das Nações da América do Sul (Unasul), da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (CELAC) e da Alternativa Bolivariana para Nossa América (Alba), todas com o intuito de fortalecer a integração e a independência regional, reduzindo a influência dos Estados Unidos na região. A aliança Petrocaribe, outra iniciativa da Venezuela com países do Caribe, fornece petróleo em condições especiais para países do continente, principalmente para Cuba.
Notícias relacionadas
Em pleito com participação histórica, Hugo Chávez garante mais seis anos na presidência do país
Durante seus estudos – ele também se pós-graduou em Ciências Políticas-, Chávez descobriu sua inquietude política e viu em Simón Bolívar, que defendia uma América unida, um ideal a ser seguido. Era o início de sua trajetória na política.
Em 1982, junto a outros oficiais militares, ele fundou o Movimento Bolivariano Revolucionário 200 (MBR200), em um momento em que a Venezuela enfrentava uma crise sócio-política e econômica com o esgotamento do modelo neoliberal instruído pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), e que mais tarde, em fevereiro de 1989, eclodiu na série de protestos populares contra o governo de Carlos Andrés Pérez, conhecidos como ‘El Caracazo’.
El Caracazo marca o início da Revolução Bolivariana, encabeçada por Hugo Chávez em fevereiro de 1992, quando ele liderou uma rebelião cívico-militar, contra o mesmo governo de Carlos Andrés Pérez. Fracassando em sua tentativa de atingir o governo, Hugo Chávez assumiu publicamente a responsabilidade pela ação e pagou a pena passando dois anos na prisão.
Quando foi libertado, o revolucionário bolivariano funda o Movimento V República e começa a se articular por todo o país com o objetivo de alcançar a refundação do Estado e recuperar a soberania popular e nacional, através da transformação social.
Cativando a maioria da população, Hugo Chávez chegou ao poder em 1998, quando venceu sua primeira eleição presidencial com mais de 56% dos votos. Em 1999, convocou um referendum para executar a reforma da Constituição Nacional que datava de 1961, ato que teve expressivo apoio da população. No ano 2000, cumprindo o estabelecido na nova Constituição, Chávez se candidata para novas eleições gerais onde vence com quase 60% dos votos.
A Lei de Hidrocarbonetos em 2001 que propunha recuperar os recursos derivados do petróleo atingiu diretamente os setores que contavam com o apoio dos Estados Unidos. Em consequência desta e de outras medidas pela independência e soberania do país, o governo bolivariano de Hugo Chávez sofreu um breve golpe de Estado em abril de 2002, que durou 47 horas, quando militares prenderam ilegalmente o mandatário, dissolveram a Assembleia Nacional e o Supremo Tribunal e anularam a Constituição de 1999.
Na ocasião, Pedro Carmona, então presidente da Federação Venezuelana de Câmaras de Comércio foi instalado como presidente interino do país, e imediatamente, setores chavistas realizaram um levante pela volta do líder eleito pelo povo. A falta de apoio a Carmona derrubou o "presidente de fato” de forma mais rápido que sua chegada ao poder, e reinstalou Chávez ao seu lugar de comandante da Venezuela.
Superando a greve do setor petroleiro entre 2003 e 2004, o apoio popular consultado por meio de mais um referendum, confirmou em 2004, que o ‘presidente do povo’, Hugo Chávez, deveria continuar no comando do país.
Em 2006, Chávez foi reeleito presidente com 62,84% dos votos nas eleições nacionais. Em 2007, um novo referendum para outra reforma da Constituição Nacional foi rejeitado por pouco mais da metade da população venezuelana. Insistindo na modificação da emenda para permitir a reeleição indefinida, um novo referendum foi convocado em 2009, no qual o "sim” obteve a maioria dos votos. Nas últimas eleições presidenciais, em outubro de 2012, Hugo Chávez foi reeleito com 55,14% dos votos, para mais um mandato de seis anos.
Soberania da Venezuela e Integração Latino-americana
Lutando pela soberania da Venezuela, o governo de Hugo Chávez foi marcado por atividades econômicas sustentadas em políticas sociais dirigidas aos mais pobres e excluídos, de acordo com os objetivos do Projeto Nacional Simón Bolívar, destacando assim a recuperação e o desenvolvimento social do país.
O presidente Hugo Chávez, quem também defendia a integração da América Latina, foi o impulsor da criação de entidades como União das Nações da América do Sul (Unasul), da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (CELAC) e da Alternativa Bolivariana para Nossa América (Alba), todas com o intuito de fortalecer a integração e a independência regional, reduzindo a influência dos Estados Unidos na região. A aliança Petrocaribe, outra iniciativa da Venezuela com países do Caribe, fornece petróleo em condições especiais para países do continente, principalmente para Cuba.
Notícias relacionadas
Em pleito com participação histórica, Hugo Chávez garante mais seis anos na presidência do país
Nenhum comentário:
Postar um comentário