domingo, 21 de abril de 2013

ANA MARIA BITTAR



O correspondente no Brasil da Gazeta de Beirute, Anthony Mohammad,  faz sua exclusiva diretamente aos leitores do GB, com uma paulistana e a artista plástica, Ana Maria Bittar.

Nascida em São Paulo, iniciou sua carreira artística, cuja visão do figurativo impressionista imprimiu uma forte tendência inicial, que aos poucos foi se traduzindo num aprimorado trabalho acadêmico, que é atualmente sua marca predominante. 

Ana , Bittar, faz parte da renomada“Academia Brasileira de Arte Cultura e História”. 

GB:  Ana conte sobre o seu trabalho no Brasil

Ana Bittar : Meu pai é libanês, e recentemente eu tornei-me também cidadã libanesa, o que muito me orgulha. Tive desde pequena contato com o mundo árabe, em suas diversas formas de manifestação, artística e cultural; tenha sido em casa de parentes, de amigos, bem como nos clubes associativos que eu frequentava. Recebi em todas suas formas de expressão, seja na arquitetura, na tapeçaria, na vidraçaria, na marchetaria, na cantaria, e etc, a forte influência artística que é típica da cultura libanesa/árabe, o que sempre me chamou atenção, e me despertou o interesse em propagar nossa cultura por meio das telas que eu pinto.

GB: Qual a influência das aulas do professor MyasakaTakeshi na sua vida e trabalho  ?

Ana Bittar: O Professor MyasakaTakeshi, foi o primeiro orientador que me fez perceber os efeitos de luz e sombra, de profundidade e proximidade e as primeiras pinceladas realistas. Que hoje se tornaram uma marca muito forte em todas as minhas telas, seja no óleo ou pastel seco. Portanto posso dizer que o professor fez com que meu lado artístico aflorasse.

GB: Como é a sua participação na “Academia Brasileira de Arte Cultura e Historia – ABACH” ?

Ana Bittar: Sou membro da Academia Brasileira de Arte Cultura e História – ABACH – desde 2006. Tendo participado em mais de 40 eventos, sempre muito bem conduzidos pelo meu curador, Samir Chelala, e a Coordenadora WalChelala, cujo resultado impulsionou minha carreira para o reconhecimento que hoje possuo.

GB: Fale-me sobre suas premiações

Ana Bittar: Dentre as premiações destaco as seguintes: I Salão Comendadora Márcia Monfredini Vieira – Medalha de Prata – junho/1998 Exposição Formas & Cores/ Brasil – Casa da Fazenda do Morumbi – ABACH – Menção Honrosa – dezembro/2005 Exposição Coletiva de Confraternização de Final de Ano – Casa da Fazenda do Morumbi – ABACH – Artista Destaque 2006 - dezembro/2006 Exposição Arte com Chocolate – Casa da Fazenda do Morumbi – ABACH –Medalha de Prata – abril/2007 1º Salão de Artes – Atrium Cultural do Central Plaza Shopping – ABACH – Menção Honrosa Categoria Acadêmica – outubro/2007 Exposição Coletiva Encontro das Artes – Casa da Fazenda do Morumbi – (quadro em Homenagem ao cantor, ator e radialista Gilbert Stein) – ABACH – junho/2011 – artista destaque Exposição Coletiva Contemporaneidade – Galeria Bric a Brac – curadoria Vagner Aniceto novembro/2012 Artista convidada para acervo permanente da Galeria Bric a Brac – artista destaque

GB: Me fale sobre a sua infãncia e quando você teve o seu primeiro contato com a arte

Ana Bittar: Herdei o gosto pelo desenho de minha mãe, que desde cedo me ensinou a fazer os primeiros traços. Meus presentes natalinos eram sempre materiais para desenho, tais como canetas coloridas, lápis de cor e cadernos para desenhos, pois meus pais incentivaram sempre este meu lado artístico. Suas obras baseadas em cavalos na arte de óleo sobre tela possui alguma ligação particular?Aprendi a gostar deste majestoso animal com meu pai, pois ele era apaixonado por cavalos. Sendo ele oficial da cavalaria do exercito. E sempre me levava para ver os cavalos em haras e no jockey.

GB:  Que pedido você faria ao Governo brasileiro em relação ao apoio aos artistas do país?

Ana Bittar: Creio que deveria haver maior facilidade para a divulgação por meio de exposições franqueadas , organizadas pela autoridades da cultura facilitando e multiplicando os locais de exposição e incentivando a manifestação artística menos elitizada e como forma de expressão de toda e qualquer arte.

GB:  Você tem algum trabalho que represente a comunidade libanesa no Brasil, ou você ainda pretende fazer algum nesse tema?

Ana Bittar: Sempre que posso procuro privilegiar a cultura árabe, porém ainda não elaborei um trabalho especifico que representasse a comunidade libanesa. Mas já estou com ideia de um quadro figurativo feminino em homenagem a cultura libanesa.

GB:  Qual a importância da cultura árabe na sua vida?

Ana Bittar: A cultura árabe está presente em minha vida desde pequena, seja na educação, língua, makeup, comida, etc. Sempre foi muito forte a influencia, mesmo minha mãe sendo brasileira. Procuro até hoje valorizar a terra dos meus avós paternos. 

GB:  Que conselho você daria aos jovens que querem aperfeiçoar seus dons artísticos?

Ana Bittar: Sempre procurem estudar e aprimorar conhecimentos com 
novas técnicas de desenho, materiais, exposições e workshops. Até hoje estudo muito para cada vez mais adquirir conhecimento e melhorar cada vez mais meu trabalho.

GB: Para você, qual a importância de um jornal com notícias do Líbano, em língua portuguesa?

Ana Bittar: Para mim é muito bom ter um contato semanal com a cultura árabe, especialmente em língua portuguesa, pois nem sempre os descendentes de árabes sabem a língua, e com isso ficar atualizada com as noticias.

GB: Deixe uma mensagem para a comunidade árabe do Brasil e também aos 
leitores da Gazeta de Beirute

Ana Bittar: Primeiramente quero agradecer a oportunidade de poder mostrar um pouco do meu trabalho e da arte neste jornal destinado aos leitores da colonia árabe no Brasil. Um abraço a todos e terei o máximo prazer em recebê-los em minhas exposições.  Chucran

Ana Bittar
Artista Plástica 


Trabalho artístico

Marajj - Cavalo Árabe ( Ana Bittar)

Jô Soares ( Ana Bittar)

Anciãos Árabes ( Ana Bittar)

Anthony Muhammad
Gazeta de Beirute


Leia Mais: http://www.gazetadebeirute.com/2013/04/exclusiva-com-ana-maria-bittar.html#ixzz2R9hRAM3k
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