Do G1 Ribeirão e Franca
Para adquirir máquina de R$ 9 mil, seis agricultores precisaram se unir.
Equipamentos são usados na lavoura de café em esquema de 'rodízio'.
Equipamentos são usados na lavoura de café em esquema de 'rodízio'.
Uma das principais impulsionadoras de negócios na Agrishow em Ribeirão Preto (SP) a venda de máquinas nem sempre é acessível para o pequeno produtor. O preço da tecnologia embutida nos equipamentos pode acabar pesando no bolso do agricultor, o que muitas vezes torna impossível adquirir todo o aparato técnico necessário. Para não ficar atrás dos grandes produtores, um grupo de cafeicultores de Santo Antonio da Alegria (SP) decidiu juntar forças para modernizar a lavoura: unidos, eles fazem "vaquinhas" e compram máquinas em conjunto.
Na feira deste ano – o evento vai até sexta-feira (3) -, parte do grupo já fechou a compra de um lavador de café, que custa R$ 9 mil. Mas eles já se mobilizam para a negociação de uma colheitadeira, que está orçada em R$ 500 mil.
O uso dos equipamentos é feito em uma espécie de rodízio, explica Adauto Augusto de Assis, presidente da Associação dos Produtores Rurais do Norte Alegriense. "Juntamos três ou quatro produtores, adquirimos uma máquina, outro grupo compra outra e assim vamos fazendo uma troca entre os produtores", explica.
Dos 28 produtores associados, 14 dedicam-se à cultura de café. Na segunda-feira (29), os R$ 9 mil pedidos pelo expositor por um lavador de café foram pagos por seis produtores – cada um deu uma contribuição. "Com essa máquina você consegue classificar os grãos. Estamos com um projeto agora para conseguir uma certificação de café e essa máquina vai ajudar bastante nesse processo", afirma Assis.
Dos 28 produtores associados, 14 dedicam-se à cultura de café. Na segunda-feira (29), os R$ 9 mil pedidos pelo expositor por um lavador de café foram pagos por seis produtores – cada um deu uma contribuição. "Com essa máquina você consegue classificar os grãos. Estamos com um projeto agora para conseguir uma certificação de café e essa máquina vai ajudar bastante nesse processo", afirma Assis.
O custo da máquina é vantajoso para o grupo, uma vez que o gasto para cada integrante diminui consideravelmente com a "vaquinha". "Essa prática da compra conjunta já é feita há algum tempo entre nós. Dessa forma, todos têm acesso à tecnologia do mercado sem ter um custo muito alto, até porque é muito difícil para o pequeno produtor se manter sozinho", afirma.
Com uma produção de 15 mil sacas ao ano, o investimento em conjunto torna-se mais que necessário para os produtores de Santo Antonio da Alegria. Isso porque, o grupo verticalizou a produção e quer lançar o café como produto artesanal no mercado. "Antes vendíamos o produto para terceiros e agora estamos verticalizando o negócio. É um café 100% arado e nosso objetivo é mostrar que se trata de um produto diferenciado", diz o presidente da associação.
Segundo Assis, o próximo passo do grupo é adquirir uma colheitadeira, que custa meio milhão de reais. "Com a máquina, conseguiremos reduzir bem o custo da colheita. Essa máquina é o nosso sonho", afirma o presidente.
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