27/05/2013 - 14h55
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O aumento no número de casos de esporotricose no Rio de Janeiro, segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz divulgada na semana passada, soou o alerta entre entidades protetora de felinos, um dos principais transmissores da doença. A esporotricose é uma micose que pode afetar animais e humanos. A esporotricose é considerada rara na forma de zoonose, quando transmitida do animal para o homem. Causa feridas na pele que não cicatrizam. O agente causador é o fungo Sporothrix schenckii.
O maior medo de algumas organizações protetoras dos animais é que haja aumento no número de abandonos de gatos, devido à falta de informação. A veterinária Joseane Borges da Silva, da Associação Zoofilia Educativa, explicou que as chances de os gatos domésticos contraírem a doença são pequenas. “A esporotricose é um fungo que fica mais na matéria orgânica. É muito comum entre jardineiros. Como o gato tem o hábito de afiar a garra na vegetação, pode acabar adquirindo o fungo. Essa é uma doença frequente entre gatos que não têm dono, que vivem na rua”, explicou.
Para a veterinária, a melhor forma de evitar que gatos contraiam o fungo é castrar o animal, para diminuir o nível hormonal e evitar que eles tentem fugir em busca acasalamento. É preciso mantê-los dentro casa, porque o fungo vive na natureza, sobretudo em plantas e na madeira. Além dos felinos, a doença é transmitida por roedores e insetos, através de rupturas na pele.
O veterinário responsável técnico da Sociedade União Internacional de Proteção aos Animais, Paulo Menezes, disse que a doença tem tratamento e não deve ser motivo de pânico. “Quem mais sofre com essa doença é o gato, mas se tratado, fica curado entre 30 e 60 dias. Estou acompanhando o aumento dos casos da doença, mas minha preocupação é não alardear o caso, pois temo que saiam por aí matando e abandonando os gatinhos”, disse o veterinário.
A prefeitura do Rio oferece desde 2003, pelo Programa Bicho Rio, esterilização gratuita de cães e gatos. São nove centros cirúrgicos espalhados pela capital.
Edição Beto Coura
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