quarta-feira, 1 de maio de 2013

Comunidades indígenas se unem na luta contra o HIV



 
Adital
As comunidades indígenas do Chile se unem à Organização Internacional do Trabalho (OIT) para lançar uma iniciativa a nível nacional dirigida a prevenir o HIV e por fim à discriminação no setor do transporte."No Chile, um indígena enfrenta o estigma e a discriminação desde que nasce, se somarmos o fator do HIV, a discriminação é em dobro”, explicou Willy Morales, um representante do povo Huilliche que vive publicamente sua condição soropositiva e quem ajudou a estabelecer a rede de povos indígenas afetados pela epidemia.
A OIT se aproximou da organização de Morales, a Rede nacional de povos originários em resposta ao HIV/AIDS (RESPO), em novembro de 2010, para envolvê-los no desenvolvimento e implementação de uma política na matéria do HIV para o setor dos transportes.
Um número significativo de povos indígenas trabalha no setor, o qual é muito importante para os meios de vida de suas comunidades e para a economia nacional do Chile. Os condutores de caminhão viajam milhares de quilômetros, e enfrentam longas separações de suas familiares e amigos, além disso têm acesso limitado à informação sobre o HIV e aos serviços de saúde, tudo isto os fazem muito vulneráveis à epidemia. Os caminhoneiros indígenas enfrentam os desafios adicionais da pobreza e a discriminação e, sobretudo, a falta de materiais de prevenção sobre o HIV em seu próprio idioma.
A OIT, para fazer acessível a informação, traduziu Recomendación sobre VIH y sida, 2010 (núm. 200)na língua mapuche. Esta é a primeira vez que uma recomendação tem sido traduzida em um idioma indígena da América.
Como o mapuche é uma língua falada mais que escrita, a recomendação foi gravada em um DVD e foi divulgada durante as reuniões da comunidade; também, tem sido transmitida através das estações locais de rádio e televisão em Chiloé, a ilha nativa de Morales, no sul do Chile.

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