COMUNICADO DE IMPRENSA
Representação da FAO no Brasil
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Anuário Estatístico da FAO oferece um amplo e detalhado panorama da alimentação e agriculturaBrasil está entre os países que aumentaram investimento em pesquisa e desenvolvimento agrícola. Edição atualizada também traz novas informações sobre emissões de gases do efeito estufa na produção de alimentos.Roma, 19 de junho – A edição 2013 do Anuário Estatístico da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), lançado hoje (quarta-feira, 18 de junho), traz novidades sobre a contribuição da agricultura para o aquecimento global, tendencias no que se refere à fome e desnutrição e a situação da base de recursos naturais da qual depende a produção mundial de alimentos.A emissão de gases de efeito estufa na agricultura cresceu 1.6% ao ano durante a década iniciada no ano 2000, mostram os novos dados da FAO apresentados no anuário, com o total geral do setor em 2010 chegando a 5 bilhões de toneladas de equivalente de dióxido de carbono (CO2 eq, uma medida usada para comparar e agregar diferentes gases do efeito estufa). Isso equivale a 10% de todas as emissõees de gases do efeito estufa antropogênicas.Dentre os vários setores agrícolas, as atividades pecuárias e o uso de fertilizantes sintéticos são os maiores contribuidores. Isso não inclui as emissões causadas pela mudança do uso da terra e incendios florestais.Publicado anualmente, o Anuário Estatístico da FAO é um compendio oficial de dados sobre as principais tendências no contexto global da alimentação e agricultura na atualidade. Para cada área temática, são combinadas breves análises das principais tendências com a visualização de dados gráficos, assim como tabelas com os principais indicadores.Os temas cobertos pelo Anuário incluem: capital e investimentos; mudanças climáticas; disponibilidade de alimentos; produção e comércio de alimentos; preços de alimentos; fome e desnutrição; as consequências para a segurança alimentar da instabilidade política e dos desastres naturais e causados pelo homem; a situação da base de recursos agrícolas e a sustentabilidade e impactos ambientais.Principais Dados e NúmerosFome e desnutrição:· Quase 870 milhões de pessoas, ou 12,5% da população mundial, estavam desnutridas no período 2010-2012; a grande maioria delas (852 milhões) vivem nos países em desenvolvimento.· Entre 2005 e 2011, um de cada quatro países africanos reportou uma taxa de atraso no cresciemento de pelo menos 40%. Essas taxas também superaram os 40% no Sul e Sudeste da Ásia durante o mesmo período, com picos na Índia, República Democrática do Lao, Nepal e Timor Leste.· Os países africanos apresentaram as mais altas taxas de prevalência de insuficiência ponderal (peso abaixo do normal). Durante 2005-2011, 16 países africanos mostraram taxas de peso abaixo do normal de até pelo menos 20%, com os níveis mais altos sendo verificados na região do Chifre da África.Produção e Fornecimento de Alimentos· A produção agrícola mundial triplicou nos últimos 50 anos, principalmente devido a maior produtividade por unidade de terra e intensificação dos cultivos.· O fornecimento de alimentos per capita global aumentou de 2.200 kcal/dia no início dos ano 1960 para mais de 2.800 kcal/dia em 2009. Com 3.370 kcal/pessoa/dia, a Europa atualmente tem a mais alta taxa média per capita de fornecimento de alimentos.· A produção de cereais ocupa mais da metade da área cultivada mundial e é a mais importante fonte de alimentos para consumo humano. Das 2,3 toneladas de cereais produzidos a cada ano, 1 bilhão é destinado ao consumo humano, 750 milhões de toneladas são usadas para alimentação animal e 500 milhões de toneladas são ou processadas pela indústria, usadas na alimentação ou desperdicidasTendências Econômicas· Após uma década de menor crescimento nos anos 1990, o gasto público mundial com pesquisa e desenvolvimento agrícola aumento fortemente de US$ 26,1 bilhões no ano 2000 para US$ 31,7 bilhões em 2008. A maior parte desse aumento foi impulsionado pelos países em desenvolvimento. China e Índia foram responsáveis por quase metade desse crescimento, mas outros países – particularmente Argentina, Brazil, Irã, Nigéria e a Rússia – também aumentaram significativamente seus gastos públicos em pesquisa e desenvolvimento agrícola. Porém, essas tendências ocultam os dados negativos em diversos países menores, mais pobres e menos avançados tecnologicamente.· Favorecida pelos altos preços das commodities, a agricultura tem demonstrado uma resiliência impressionante durante a crise econômica global. Em 2010, o nível de valor agregado da agricultura em nível mundial aumentou 4%, em contraste com um crescimento de 1% no PIB global.A nova edição do Anuário Estatístico foi lançada hoje durante a reunião ordinária da Conferência da FAO(que acontece entre 15 e 22 de junho).
Publicação completa em inglês: http://www.fao.org/docrep/018/
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EMAIL: FAOBR-press@fao.org Website: www.fao.org.br
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