MPL-SP informou também que não irá mais convocar manifestações
Revista Fórum
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Durante o ato na Avenida Paulista, partidos políticos e movimentos sociais foram hostilizados por manifestantes e seus militantes agredidos e acuados. Um grupo da CUT teve que ser protegido por um cordão de segurança formado por outro grupo de manifestantes.
Na nota, divulgada na noite desta quinta-feira (21), o MPL reafirma que é um movimento “apartidário, mas não antipartidário”. O texto também diz que a pauta central do movimento, “um transporte verdadeiramente público”, é também uma pauta histórica de organizações de esquerda. O MPL afirma ainda que desde o início dos protestos contra o aumento das tarifas do transporte público, partidos de esquerda fizeram parte da mobilização.
Em entrevista concedida à Rádio CBN, o ativista do MPL, Douglas Belome, afirmou que o movimento não vai mais convocar manifestações. ”O MPL não vai convocar novas manifestações. Houve uma hostilidade em relação a outros partidos por parte de manifestantes, e esses outros partidos estavam desde o início compondo a luta contra o aumento e pela revogação.” Belome ainda disse que o aumento no número de pessoas que defendem pautas conservadoras nos protestos também motivou a decisão do MPL. “Nos últimos atos pudemos ver pessoas pedindo a redução da maioridade penal e outras questões que consideramos conservadoras. Por isso suspendemos as convocações”, disse
Leia a íntegra da nota:
Nota no. 11: sobre o ato dessa 5a feira
O Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje faz parte dessa luta: além da comemoração da vitória popular da revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos.
O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto.
O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.
Toda força para quem luta por uma vida sem catracas.
MPL-SP
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