sábado, 27 de julho de 2013

As crianças que contraíram HIV podem ter boa qualidade de vida



Adital
STOP VIHSascha Moncada*
Segundo pesquisa do Ministério da Saúde da Venezuela, desde que começou a epidemia de HIV, se estima que 3 milhões de crianças menores de 15 anos contraíram o vírus de imunodeficiência humana em todo o mundo. Na Venezuela, o ministério informa que nascem, ao menos, 600 crianças ao ano com a infecção.
A transmissão vertical do HIV, ou seja, de uma mãe infectada para o filho, ocorre durante a gravidez, o parto ou através da amamentação. María Graciela López, reconhecida infectóloga especialista em pediatria, assegurou que nem todas as crianças de mães com HIV nascem com o vírus.
"A probabilidade de infecção de uma criança que nasce de uma mãe que tem o HIV é de 30%; se não tomam nenhuma medida de prevenção da transmissão vertical, mas tomando as medidas preventivas, a transmissão diminui para cerca de 2%”, destacou López.
Entre as medidas para evitar a transmissão vertical estão o início do tratamento anti-retroviral à gravidez a partir da semana de número 14, nascimento por cesariana eletiva, tratamento com zidovudina via endovenosa à mãe durante o momento do nascimento até o pinçamento do cordão umbilical, início de profilaxia ao recém–nascido durante as primeiras 6 a 12 horas do nascimento. Até a sexta semana de vida é muito importante para a criança não receba amamentação da mãe.
Com relação ao tratamento anti-retroviral para os bebês, Lopez explica que as crianças devem receber desde que nascem, "devem receber profilaxia com anti-retroviral. Se a criança contrai a infecção por HIV, foi porque não foi tomando as medidas preventivas”. Também, destacou que se pode revelar o diagnóstico as crianças de maneira progressiva a partir dos 10 anos de idade, segundo seja o grau de maturidade da criança e com a ajuda psicológica.
As crianças que contraíu o HIV podem ter boa qualidade de vida, tomando seus anti-retrovirais diariamente e incorporá-los em sua vida normal, segundo a dinâmica familiar ou de seus cuidadores. "No entanto, em muitas oportunidades as crianças devem ser cuidadas por familiares; por falecimento dos pais, causando um importante impacto psicológico e social”, comentou a infectóloga.
Em quanto aos exames médicos, María Graciela López, explicou que as visitas aos especialistas devem ser a cada 4 meses, a fim de realizar a avaliação clínica, realizar subpopulações linfócitos e avaliar a carga viral do HIV. "As crianças infectadas por HIV apresentam extensivamente as doenças comuns da infância, mas quando não há um controle adequado, estas se apresentam com mais frequência”
A doutora disse que falta ainda muita educação à comunidade e aos médicos, a fim de aplicar as medidas preventivas da transmissão vertical do HIV e enfatizou que "a prevenção é a chave para diminuir o índice de novas infecções pelo HIV”.
Para concluir, deu uma mensagem a todas aquelas pessoas que não tem contraído o HIV, "às pessoas sem esta condição, os digo, não discriminem, não apontem, não julguem, já que em um dado momento; todos podemos estar expostos ao HIV”, disse López.

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