sexta-feira, 26 de julho de 2013

Carter apoia Snowden: “EUA não tem uma democracia que funcione”

O ex-presidente do EUA Jimmy Carter criticou a atividade da Agência de Segurança Nacional dos EUA, ressaltando que “os EUA não tem uma democracia que funcione”.

CONTRAINJERENCIA
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Durante seu discurso em um evento de portas fechadas da associaçãoAtlantik-Brücke, em Atlanta (EUA), Jimmy Carter criticou o serviço de inteligência dos Estados Unidos e disse que o fato de os cidadãos americanos tomarem conhecimento do programa de espionagem interna da Agência de Segurança Nacioal (NSA) é algo “benéfico” para eles.
“Na atualidade, os Estados Unidos não tem uma democracia que funcione”, diz o jornal alemão Der Spiegel citando o ex-presidente dos EUA.
Segundo o Der Spiegel, Carter também expressou um pessimismo geral para com a situação global. “Não há nenhuma razão para ser otimista”, disse Carter referindo-se a situação no Egito. Ele também lamentou a crescente dissidência política nos EUA, a influência excessiva do dinheironas campanhas eleitorais dos EUA e as confusas regras eleitoraisamericanas.
Carter destacou o triunfo da tecnologia  moderna que “ajudou as revoluções em alguns dos países da Primavera Árabe, levando-os a um progressodemocrático”, mas ressaltou que, devido à atividade da NSA, plataformas como o Google e o Facebook perderam credibilidade em todo o mundo.
Não é a primeira vez que Jimmy Carter criticou abertamente a atividade NSA. "Eu acho que a invasão de privacidade já foi longe demais", disse Carter à CNN em outra ocasião. "E eu acho que o segredo em torno dele [o programa de espionagem] foi excessivo".
No ano passado, ele escreveu um artigo para o The New York Times alegando que os Estados Unidos "perderão a sua autoridade moral" se continuarem a privar sues cidadãos de seus direitos civis. "Numa altura em que as revoluções populares estão varrendo o mundo, os Estados Unidos devem fortalecer, e não enfraquecer, as regras básicas do direito e os princípios da justiça, enumerados na Declaração Universal dos Direitos Humanos", escreveu Carter. "Mas, em vez de tornar o mundo mais seguro, a violação dos direitos humanos nos Estados Unidos encoraja nossos inimigos e aliena os nossos amigos."
Tradução: Gabriel Alvarez 

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