Pacientes que se utilizaram da técnica de estímulos elétricos no cérebro conseguiram evitar avanço da doença
Redação
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À esquerda, cérebro padrão; à direita, órgão afetado pelo Alzheimer
Os estudos da equipe da Universidade de Toronto começaram em 2010, com seis pacientes, diagnosticados em estágio inicial um ano antes. Eles conseguiram travar os avanços da doença e, em dois desses casos, até revertê-la: a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer.
O procedimento
Nos portadores de Alzheimer, a região do hipocampo, onde se situa o centro de memória, é uma das primeiras a encolher. A perda de memória e a desorientação são os primeiros sintomas da doença.
Imagens cerebrais revelam que o lobo temporal (região do cérebro onde se encontra o hipocampo e o córtex cingulado posterior) absorve muito menos glicose do que o normal, o que explica o seu mau funcionamento e a consequente degradação.
Para tentar reverter esse quadro degenerativo, recorreram ao envio de impulsos elétricos para o cérebro através de eletrodos implantados.
O grupo instalou os dispositivos de estímulo na região do fórnix cerebral – feixe de neurônios que envia sinais para o hipocampo – dos pacientes diagnosticados com Alzheimer. Os investigadores aplicaram pequenos impulsos elétricos 130 vezes por segundo. Um ano depois, os resultados revelam que a redução de glicose foi revertida e que, como tal, o lobo temporal voltou a funcionar regularmente.
Os cientistas alertam, no entanto, que a técnica ainda não é conclusiva e que necessita de mais investigação.
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