Cafeicultores peruanos estão exigindo mais ajuda para combater a ferrugem do café
O governo peruano está tentando acalmar os cafeicultores locais, que exigem mais ajuda para combater a ferrugem do café, uma doença que vem afetando lavouras em vários países latino-americanos. Segundo autoridades do governo, a doença, causada pelo fungo roya, vai reduzir a produção de café do país em pelo menos 25% este ano.
Na quarta-feira, milhares de cafeicultores bloquearam a principal estradacentral que liga Lima aos Andes, até serem dispersados por policiais que usaram bombas de gás lacrimogêneo. O presidente do país, Ollanta Humala, pediu aos cafeicultores que não recorram à violência e reiterou que o governo está oferecendo ajuda. "Mesmo nas lavouras privadas, o governo está ajudando. Atos de violência não vão resolver o problema, e o roya vai continuar avançando, com ou sem atos de violência", disse.
O governo tem responsabilizado as mudanças climáticas pela disseminação do fungo. Nesta quinta-feira, o ministro da Agricultura, Milton Von Hesse, disse que houve um problema de comunicação e que os recursos estavam sendo distribuídos. O presidente da Federação Nacional de Cafeicultores, Isaac Porras, disse em entrevista à rádio RPP que o pacote de ajuda do governo, de 100 milhões de soles (US$ 36 milhões) ficou aquém do necessário e veio tarde demais. "Os pés de café já estão mortos.
Os 100 milhões de soles foram um fracasso", afirmou. Segundo a Câmara Nacional do Café, a ferrugem destruiu 55 mil hectares de plantações, e as perdas são estimadas em US$ 330 milhões. Por causa da doença, o governo decretou estado de emergência em várias regi&o! tilde;es produtoras. O país é um dos 10 maiores produtores mundiais de café. Fonte: Dow Jones Newswires.
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